O presente trabalho se propõe a tecer considerações sobre a inserção do assistente social na oncologia mediante uma perspectiva histórico-dialética com vistas ao distanciamento do fenômeno em sua aparência buscando a sua essência.

As considerações presentes neste trabalho são reflexões elaboradas através das experiências enquanto residente em Serviço Social na área de atenção oncológica no Hospital Universitário Antônio Pedro.

O câncer segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) espera-se no ano de 2030 um número de 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 15 milhões de pessoas vivas, anualmente com câncer (INCA)

Os reflexos do processo de adoecimento por câncer são atenuados quando levamos em consideração as condições de vida destes usuários, especialmente quando há incapacidade para o exercício da atividade laborativa. Sendo de extrema relevância o estudo dos determinantes sociais no processo saúde-doença.

Dentro deste contexto, a atuação do profissional do Serviço Social deve ser para além da viabilização do acesso aos direitos específicos da pessoa com câncer, Para além da necessidade imediata, deve analisar as diversas demandas a essência do fenômeno social visando uma prática eficiente e inovadora a partir de dados concretos sobre a realidade dos usuários do serviço de oncologia.

Parte-se da busca do desvelamento do real a partir de mediações que visam a superação do aparente onde o fenômeno social carregado de historicidade trará respostas para melhor compreensão do objeto de intervenção profissional.