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Introdução: Desde a promulgação da Constituição Federal de 1988 que o direito à saúde tem sido responsabilidade do Estado e direito do cidadão. Para garantir a prestação dos serviços com qualidade e efetividade no Sistema Único de Saúde são necessários profissionais orientados às necessidades do serviço público. Hegemonicamente a formação em saúde é centrada no modelo hospitalocêntrico, médico e curativista. No entanto, o SUS exige um perfil profissional habilitado ao trabalho em equipe, à reflexão, problematização e interdisciplinaridade, voltados à prevenção e promoção da saúde. Visando a reorientação da formação profissional para o SUS, o Ministério da Saúde propõe a Política de Educação Permanente em Saúde (EP) que segundo Ceccim e Feuerwerker (2004), trata-se de um quadrilátero, no qual atuam o ensino, a gestão, a atenção e o controle social, sendo o Programa de Educação pelo Trabalho para Saúde (PET-Saúde) uma de suas estratégias. Objetivo: Descrever a importância da gestão como campo de prática do processo ensino-aprendizagem para formação do profissional de saúde a partir da experiência do PET-Saúde – Eixo Educação Permanente (PET-EP) da Universidade Federal da Paraíba em parceria com Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa (SMSJP). Método: Trata-se de um relato de experiência vivido por três estudantes, uma preceptora e uma tutora do PET-EP na Diretoria de Atenção à Saúde (DAS) da SMSJP. Resultados: A implantação de um PET/ EP na gestão municipal ocorreu por compreender a gestão como retaguarda técnica e política, assim como condutora do planejamento, avaliação dos serviços e ainda pouco explorada pelas instituições de ensino como cenário de prática. Na implantação do PET foi construído um plano de ação, que contempla ações de pesquisa, estudo e intervenção baseada na EP para sensibilizar os gestores da Diretoria de Atenção à Saúde e possibilitar a formação dos estudantes inseridos no serviço. Conclusão: O PET-EP, situando-se na DAS, permitiu aos estudantes conhecer o planejamento da educação em saúde e constatar que a gestão encaixa-se em um modelo tradicional que prioriza as capacitações técnicas em detrimento das ações de EP. Acreditamos que o desafio de sensibilizar os gestores está posto e que podemos contribuir positivamente para que haja reflexão dos processos de trabalho na gestão municipal de saúde.

PET-Saúde; Educação Permanente; Gestão em Saúde