Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDO POR CÂNCER DE MAMA E COLO DE ÚTERO
Angela Andréia França Gravena, Tiara Cristina Romeiro Lopes, Sandra Marisa Pelloso, Cátia Millene Dell Agnolo, Maria Dalva de Barros Carvalho, Sheila Cristina Rocha Brischiliari, Deise Helena Pelloso, Marcela Demitto Furtado

Resumo


Introdução: A estimativa de câncer de mama em 2013 foi de 52.680 casos novos e de câncer do colo do útero foi de 17.540. A Organização Pan Americana da Saúde estima 27.500 mortes nas Américas por câncer do colo uterino o que representa uma perda econômica de US$ 3,3 bilhões por ano. O impacto da doença não é só em relação aos gastos econômicos, mas em relação aos anos perdidos de uma população jovem e economicamente ativa. Estudos de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) são indicadores que estimam o tempo que a pessoa deveria ter vivido se não morresse prematuramente, e tem sido a medida mais utilizada para o monitoramento dessas mortes e para a redefinição das prioridades em saúde pública. Objetivo: Analisar os APVP de mulheres que foram a óbito por câncer de colo de útero e mama residentes no Estado do Paraná. Método: Estudo de tendência temporal (2000-2010) dos coeficientes de mortalidade e dos APVP por mortalidade atribuída ao câncer de colo de útero e de mama em mulheres na faixa etária de 20 a 70 anos. Os dados foram obtidos por meio da base de dados do DATASUS e do SIM. Resultados: No período estudado ocorreram 5003 óbitos por câncer de mama e 3665 óbitos por colo do útero. A maioria dos óbitos ocorreu em mulheres com 50 a 59 anos (34,5%) para câncer de mama e 60 a 69 anos para colo do útero (32,1%). A maior ocorrência de óbitos foi em mulheres casadas e de raça branca. O risco de morte por câncer de mama cresceu ao longo do período estudado, observando-se uma taxa média de APVP de 3,34 por mil mulheres, com valor mínimo de 2,84 para o ano de 2000 e máximo de 4,10 para o ano de 2009. Em relação ao câncer de colo de útero a taxa média de mortalidade para o período foi de 2,45 por mil mulheres, oscilando entre 2,17 para o ano de 2007 e máximo de 2,59 em 2003 e 2008. A elevação das taxas de câncer pode estar associada a falta de um programa organizado de rastreamento, diagnostico tardio, desconhecimento da mulher e deficiência de profissionais capacitados na detecção precoce do tumor, aumento da expectativa de vida das mulheres e aumento nas taxas de obesidade. Conclusão: Este estudo identificou que as idades das mulheres com câncer tanto de mama como de colo útero vem diminuindo. Porém ainda são necessários esforços no sentido de aumentar e intensificar campanhas educativas, programas de rastreamento organizado e campanhas de conscientização junto às mulheres, profissionais e gestores sobre o câncer de colo e de mama.

Palavras-chave


Neoplasias de mama. Neoplasias do colo do útero.