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ANOS POTENCIAIS DE VIDA PERDIDO POR CÂNCER DE MAMA E COLO DE ÚTERO
Resumo
Introdução: A estimativa de câncer de mama em 2013 foi de 52.680 casos novos e de câncer do colo do útero foi de 17.540. A Organização Pan Americana da Saúde estima 27.500 mortes nas Américas por câncer do colo uterino o que representa uma perda econômica de US$ 3,3 bilhões por ano. O impacto da doença não é só em relação aos gastos econômicos, mas em relação aos anos perdidos de uma população jovem e economicamente ativa. Estudos de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP) são indicadores que estimam o tempo que a pessoa deveria ter vivido se não morresse prematuramente, e tem sido a medida mais utilizada para o monitoramento dessas mortes e para a redefinição das prioridades em saúde pública. Objetivo: Analisar os APVP de mulheres que foram a óbito por câncer de colo de útero e mama residentes no Estado do Paraná. Método: Estudo de tendência temporal (2000-2010) dos coeficientes de mortalidade e dos APVP por mortalidade atribuída ao câncer de colo de útero e de mama em mulheres na faixa etária de 20 a 70 anos. Os dados foram obtidos por meio da base de dados do DATASUS e do SIM. Resultados: No período estudado ocorreram 5003 óbitos por câncer de mama e 3665 óbitos por colo do útero. A maioria dos óbitos ocorreu em mulheres com 50 a 59 anos (34,5%) para câncer de mama e 60 a 69 anos para colo do útero (32,1%). A maior ocorrência de óbitos foi em mulheres casadas e de raça branca. O risco de morte por câncer de mama cresceu ao longo do período estudado, observando-se uma taxa média de APVP de 3,34 por mil mulheres, com valor mínimo de 2,84 para o ano de 2000 e máximo de 4,10 para o ano de 2009. Em relação ao câncer de colo de útero a taxa média de mortalidade para o período foi de 2,45 por mil mulheres, oscilando entre 2,17 para o ano de 2007 e máximo de 2,59 em 2003 e 2008. A elevação das taxas de câncer pode estar associada a falta de um programa organizado de rastreamento, diagnostico tardio, desconhecimento da mulher e deficiência de profissionais capacitados na detecção precoce do tumor, aumento da expectativa de vida das mulheres e aumento nas taxas de obesidade. Conclusão: Este estudo identificou que as idades das mulheres com câncer tanto de mama como de colo útero vem diminuindo. Porém ainda são necessários esforços no sentido de aumentar e intensificar campanhas educativas, programas de rastreamento organizado e campanhas de conscientização junto às mulheres, profissionais e gestores sobre o câncer de colo e de mama.
Palavras-chave
Neoplasias de mama. Neoplasias do colo do útero.