Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A CRISE ECONÔMICA EUROPÉIA, AS MANIFESTAÇÕES SOCIAIS CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA E AS SUAS IMPLICAÇÕES NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NA APS MADRILENHA
Jose Rodrigues Freire Filho, Carlos Leonardo Figueiredo Cunha, Ana Maria Palmar Santos, Aldaísa Cassanho Forster

Resumo


A brutal crise econômica que atravessa a Espanha há cinco anos repercutiu em cortes de recursos para financiamento de serviços públicos. Diante desse cenário, uma das medidas apontadas pelo governo madrilenho em contraponto à crise é a privatização dos serviços de atenção primária à saúde. No intuito de defender a saúde pública e protestar contra os cortes no financiamento e a investidura na privatização, a sociedade madrilenha se organizou e repudiou tal iniciativa por meio de movimentos sociais. O estudo caracteriza-se como descritivo, tendo a prestação de serviços na Atenção Primária à saúde (APS) como categoria central de estudo, optando-se por um referencial analítico compatível ao contexto econômico e social. Tem como objetivo discutir a crise econômica europeia iniciada no ano de 2008, o conseqüente aparecimento das recentes manifestações sociais contra a privatização da saúde pública e a suas implicações na prestação de serviços na Atenção Primária à Saúde (APS) a partir do estudo do Sistema Nacional de Salud (SNS) de Madri, abordando o contexto nacional, aspectos relacionados à gestão e às práticas locais. Conclui-se que há um consenso em relação ao fato de que os movimentos contra a privatização da saúde são concernentes à crise econômica, o que pressupõe receio na diminuição da qualidade da APS madrilenha. Em contrapartida, existe um movimento coletivo em defesa do sistema público de saúde que repudia cortes na prestação de serviços relacionados à APS, bem como a transferência de responsabilidades para a iniciativa privada.

Palavras-chave


Sistema de saúde; Reformas de Saúde; Atenção Primária à Saúde.