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(RE)INVENTANDO INTERLOCUÇÕES E CRIANDO ESPAÇOS DE APRENDIZADO NA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DA FAMÍLIA
Resumo
Este trabalho tem o objetivo de relatar a experiência de um grupo de docentes e de estudantes dos cursos de enfermagem e medicina, no processo de cuidado na saúde da família, desenvolvido em uma clinica escola de uma universidade comunitária na região Sul do Brasil. Na formação em saúde, raros são os momentos de interlocução entre os diferentes núcleos de graduação. Na teoria, priorizam-se campos de prática multi e interdisciplinares, na pratica, esses ainda são momentos incipientes da vida acadêmica dos graduandos em saúde. Na direção de minimizar esta necessidade, foi criado o ambulatório de saúde da família, para suprir esta lacuna. A dinâmica de trabalho está baseada numa metodologia ativa de aprendizado como processos interativos de conhecimento, análise, estudos, pesquisas e decisões individuais ou coletivas, encontrando soluções para um problema. Esta atividade é vista pelos participantes como um processo que estimula a auto-aprendizagem e facilita a educação continuada, despertando a curiosidade e oferecendo meios para desenvolver capacidade de análise de múltiplas situações em saúde, experimentando, a partir de situações práticas de atendimento de famílias, desenvolvendo investigações que possibilitam a compreensão do processo de saúde/doença no contexto da família. Assim, problematizam como os sujeitos percebem o impacto de estar saudável ou doente, e como cada um é afetado por tais experiências. A dinâmica de trabalho envolve encontros semanais em que os estudantes revisam os prontuários, realizam inter consultas, discutem os casos e elaboram plano terapêutico individual e familiar. Também são realizadas visitas domiciliares. A relevância desta atividade acadêmica esta no exercício pratico da interdisciplinaridade, na (re)invenção de novas formas de atuar na saúde da família, que fortalecem a integralidade e criam espaços onde os estudantes vivenciam elos profissionais possíveis. No que se refere aos usuários percebe-se uma maior adesão das terapêuticas pactuadas e o estabelecimento de vínculos por meio do cuidado longitudinal. Experiências como estas devem ser replicadas no sentido de fortalecer o exercício da atenção primária e o cuidado em saúde da família, bem como, integrar graduandos de diferentes núcleos no aprendizado do trabalho conjunto, praticando princípios da clinica ampliada, do cuidado humanizado, na atenção em redes.
Palavras-chave
Saude da Familia, Interdisciplinaridade, educação em saude
Referências
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