Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida

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IMPACTOS PSICOSSOCIAIS DO DIAGNÓSTICO DE HIV/AIDS EM PESSOAS IDOSAS A PARTIR DA PERCEPÇÃO DE TRABALHADORES DE SAÚDE DO SERVIÇO DE ASSISTÊNCIA ESPECIALIZADA – SAE/DIVINÓPOLIS
Denise Alves Guimarães, Júnia Brunelli Cassétte, Ezequiel Elias Azevedo Alves Felício, Leandro César da Silva, Rhariany Alves de Morais, Lissa Araújo Soares, Thiago Santos Prado

Resumo


Introdução No Brasil nota-se um aumento no número de diagnósticos de aids em pessoas acima de 60 anos. Esse aumento impõe à sociedade, às políticas públicas e aos profissionais de saúde o desafio de pensar o processo de envelhecimento associado ao diagnóstico de HIV, considerando-se também os estereótipos negativos que o idoso enfrenta em relação à sua sexualidade. Objetivos e Método Essa pesquisa buscou entender com maior profundidade os impactos psicossociais do diagnóstico de HIV/Aids em pacientes idosos atendidos pelo Serviço de Assistência Especializada (SAE) de Divinópolis, a partir da visão dos profissionais de saúde, descrevendo e analisando suas experiências, e considerando-se as peculiaridades, desafios e dificuldades dos mesmos em relação ao atendimento de idosos. São considerados como sujeitos de pesquisa os profissionais de saúde diretamente envolvidos no atendimento de pacientes idosos acompanhados pelo SAE – Divinópolis, que manifestaram espontânea vontade em participar da pesquisa.  Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas, que posteriormente foram transcritas e analisadas pelo método análise de conteúdo. Resultados e Conclusões Os relatos dos profissionais apontaram, principalmente, para experiências de luto, negação, isolamento, preconceito, etc., por parte dos idosos frente ao diagnóstico de HIV/Aids. Além disso, os sujeitos afirmaram com unanimidade que os pacientes idosos HIV positivos sofrem discriminação por parte de outras pessoas, inclusive familiares. Dessa forma, conclui-se que, pela percepção dos profissionais de saúde, os preconceitos em relação à sexualidade da pessoa idosa e à aids revelam-se como os maiores problemas enfrentados pelos idosos com diagnóstico de HIV. Quando questionados sobre as primeiras experiências com paciente idosos HIV positivos, a maioria dos trabalhadores revelaram incredulidade e surpresa, o que mostra que compartilhavam, ao menos no inicio de suas carreiras, com preconceitos socialmente construídos de que velhos não fazem sexo. A principal dificuldade no atendimento a idosos apontada pelos sujeitos de pesquisa foi a abordagem de questões relacionadas a sexo e sexualidade. Destaca-se a necessidade de ampliar as discussões sobre os temas entre os profissionais de saúde, tanto como fator fundamental para promover a prevenção, quanto para promover o diagnóstico precoce, o que poderá contribuir para melhor tratamento dessa população em serviços de saúde.

Palavras-chave


HIV/Aids; envelhecimento; sexualidade; processo de trabalho em saúde

Referências


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