Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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TECENDO A TEIA DE UMA SAÚDE INTEGRAL: DIÁLOGOS E PRÁTICAS ENTRE ATENÇÃO PRIMÁRIA E SAÚDE MENTAL
Renata Cristina Dantas da Silva, Olga Cristina Pires Ramos, Audenir Tavares Xavier Moreira, Ana Brena Rocha de Queiroz, Maria Ednéia Maia de Souza, Norma Sueli de Sena Barbosa da Costa, Rafael Costa Feitosa

Resumo


Percebendo a fragilidade na articulação entre as redes de atenção à saúde no município do Aracati-CE, profissionais residentes na saúde mental coletiva, propõem estratégias de atuação em parceria com os Núcleos de Apoio a Saúde da Família – NASF’s (residentes) e algumas equipes das Unidades Básicas de Saúde – UBS. Estas estratégias surgem, a partir de encontros e rodas de conversa com a comunidade que expressaram a importância dessa articulação efetiva na prática dentro dos territórios. A partir do processo de territorialização vivenciado pelos profissionais residentes, a equipe de saúde mental construiu o projeto “Tecendo Redes” que tem o objetivo de promover encontros e diálogos entre comunidade e profissionais da saúde. Pensamos estratégias de enfrentamento as demandas acolhidas, dentre estas, ações transversais entre saúde mental e atenção primária. Construímos um espaço de planejamento participativo, e assim as equipes de saúde esclareceram dúvidas, pensando junto à comunidade no que seria possível realizar. Num segundo momento, os profissionais elaboraram ações programáticas, praticando a interprofissionalidade. Executamos as ações: de hiperdia, índice de massa corporal, programa saúde na escola, atendimento compartilhado, atendimento às demandas de saúde mental e dependência química, momentos terapêuticos em rodas de terapia comunitária e escuta psicológica. Iniciamos ainda, ações de educação permanente, voltadas para os agentes de saúde. Que expressaram a necessidade de aprofundar os conhecimentos sobre saúde mental e dependência química, bem como, entender a rede de atenção psicossocial – RAPS, além de práticas de cuidado voltadas para a categoria. Por meio desses encontros surge um questionamento: o que seria saúde integral?  Não sabemos com precisão definir o seu significado real, contudo, acreditamos estar construindo um espaço de articulação e dialogo baseado nos princípios do SUS.  Um trabalho de tecer teias, que nos permite circular entre campos e saberes diferentes. Uma teia de saberes e de relações, onde comunidade, profissionais e território se comunicam, gerando vínculos afetivos e identificação entre os sujeitos, promovendo assim, a integralidade do cuidado. Desejamos que essa teia de fios invisíveis que nos conecta uns aos outros, e constitui a linha de cuidados e saberes que integraliza a relação com os usuários do SUS, permaneça sempre em processo de construção. Em um movimento que nos impulsione para a vida.

Palavras-chave


Integralidade; Saúde Mental; Saúde da Família.