Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
ANÁLISE BIBLIOGRÁFICA DAS PUBLICAÇÕES DO MINISTÉRIO DA SAÚDE SOBRE HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Alana Queiroz Bastos, Emmile Gisele Queiroz de Andrade Sampaio

Resumo


O termo “humanização” vem sendo utilizado com frequência no âmbito da saúde. Nesse âmbito, humanizar é, então, ofertar atendimento de qualidade articulando os avanços tecno­lógicos com acolhimento, com melhoria dos ambientes de cuidado e das condições de trabalho dos profissionais (BRASIL, 2004). O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa que tem o objetivo de analisar as proposições oficiais publicadas pela editora do Ministério da Saúde sobre a humanização na saúde. O corpus da pesquisa foi constituído por 28 publicações. O levantamento bibliográfico foi realizado através da busca de publicações no banco de dados da Editora do Ministério da Saúde. Foram incluídas neste estudo apenas as publicações que se enquadravam nos seguintes critérios: escritos em português, disponíveis na íntegra em meio eletrônico pela editora do Ministério da Saúde, publicados no período de 2000 a 2012 e que traziam aspectos referentes à humanização na saúde, independentes da abordagem utilizada. A análise das publicações mostrou que existe uma grande diversidade de normas, cartilhas, manuais e demais documentos que trazem a temática da humanização em diversos campos do setor saúde, perpassando da gestão a assistência especializada. Todavia, ainda nota-se a ausência de abordagem voltada à humanização relacionada a grupos de pessoas de forma mais específica, reconhecendo as diferenças e peculiaridades que abarcam os grupos de pessoas, dependentemente de fatores como sexo, faixa etária e orientação sexual. Assim, percebe-se a necessidade de publicações voltadas à humanização relacionada à saúde do homem, às pessoas que vivem com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), ao idoso, as Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgéneros, Transexuais, Intersexuais e Simpatizantes (LGBTTIS), entre outros. Nota-se ainda a presença, na prática, de forma pálida e sôfrega nas escolas formadoras de profissionais da área de saúde, sendo abordada de forma muito superficial e periférica, fator que deve ser reavaliado nos currículos dos cursos da área de saúde a fim de proporcionar o desenvolvimento de uma formação voltada para os princípios que regem a humanização na saúde. Compreendendo a importância da realização de uma assistência humanizada, propomos através desta revisão integrativa a produção de um manual com atividades que possam ser desenvolvidas utilizando o lúdico, o acolhimento de maneira prática em todas as redes de atendimento à saúde e na comunidade.

Palavras-chave


Humanização; humanizasus

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. HumanizaSUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.