Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS: A VULNERABILIDADE DOS IDOSOS
Rodrigo Momoli, Lucimare Ferraz

Resumo


Introdução: A população idosa no Brasil apresenta um crescimento progressivo e acelerado. O aumento das pessoas com mais de 60 anos confirma uma tendência de envelhecimento populacional no país. Foram observados no estado de Santa Catarina 226.480 idosos a mais em 2010 em relação a 2000. Esse número representa 10,5% do total da população catarinense. Objetivo: descrever o perfil da mortalidade por causas externas (CE) na população idosa de um município polo-regional do estado de Santa Catarina. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal baseado em dados secundários do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde. Foram tabulados os dados dos óbitos por CE em idosos no período de 2007 à 2011. Na coleta de dados utilizaram-se as seguintes variáveis: causas básicas de óbitos através da Classificação Internacional de Doenças, 10ª Revisão (CID-10), as quais sofreram análises por sexo e idade. Os dados foram analisados com o auxilio do programa SPSS, os quais sofrerão um tratamento estatístico-descritivo. Resultados: os atropelamentos em idosos do sexo masculino correspondendo a 76,9% dos casos de morte por causas externas, prevalecendo a faixa etária de 60-69 anos (53,8%). Verificou-se que o sexo masculino apresentou as maiores proporções das mortes por nas quedas na residência (60%) e a faixa etária acima dos 80 anos correspondendo a 70%. Quanto aos suicídios, corresponderam a 100% dos óbitos do sexo masculino, e prevaleceu na faixa etária de 60 a 69 anos. Conclusão: quanto aos índices apresentados, a diminuição da acuidade visual, auditiva e a dificuldade de mobilidade do idoso possivelmente estejam ligadas as taxas de mortalidade por atropelamento. Diante disso, faz necessários estudos acerca do tema, e com base nesses, promulgação de políticas públicas que visem à proteção dos idosos no que diz respeito a sua maior vulnerabilidade com relação aos acidentes. Outrossim, a implementação de práticas de autocuidados e adaptação nas residências dos idosos poderão contribuir para reduzir as mortalidade por quedas.

Palavras-chave


causas externas; idoso; vulnerabilidade; políticas públicas de saúde