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Este resumo destina-se a relatar a experiência da inserção das residentes de primeiro ano na Unidade de Problemas Relacionados ao Uso de Álcool e outras Drogas. O trabalho nesta Unidade tem contribuído para o desvelamento das expressões da questão social referente às drogas, intervindo e atuando sobre elas. Uma das dificuldades institucionais encontradas é a falta de local adequado para a realização dos grupos e atendimentos individuais, devido à precária estrutura física que dispõe atualmente o Instituto. Em função dessa precariedade não é possível realizar mais de um atendimento ao mesmo tempo, tanto para os atendimentos individuais como em grupo. Outra dificuldade encontrada está relacionada à rede de atenção da área central do município do Rio de Janeiro que não possui equipamentos de saúde essenciais para a rede de atenção básica aos problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas e saúde mental - Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), Álcool e Drogas (CAPS AD) e Infanto-Juvenil (CAPSi). Tal realidade acaba por sobrecarregar a unidade que é um serviço de caráter ambulatorial e universitário e, portanto, não se caracteriza como o dispositivo que deveria atender essa demanda,  mas um CAPS AD é que deveria estar organizando esse atendimento no território. A prática do Serviço Social acontece dentro de uma linha reflexiva considerando a situação sociocultural e econômico dos usuário e familiares. A forma de intervenção do Serviço Social acontece com encaminhamentos e atendimentos individuais, contato com outras Instituições que disponibilizam o serviço necessário e o acompanhamento da efetivação do serviço disponibilizado. Na direção do projeto ético-político do Serviço social, Vasconcelos (2010) afirma que o grupo tem o potencial de contribuir no processo de conscientização da população de que suas demandas, aparentemente isoladas e fragmentadas são, na realidade, coletivas e os grupos contribuem para que os participantes compreendam os fenômenos sociais em sua complexidade. De um modo geral, as ações de enfermagem desenvolvidas junto a usuários de álcool e outras drogas caracterizam-se pela recepção e identificação da clientela, desenvolvimento de ações educativas, encaminhamentos a outros locais de tratamento e acompanhamento das comorbidades decorrentes do uso e abuso destas substâncias. A partir dessa experiência temos as seguintes sugestões: nos grupos de acolhimento seria interessante a criação de um folder explicativo; o residente ter mais acesso aos prontuários dos usuários, dos exames clínicos realizados e a possibilidade de discutir quais são as intercorrências clínicas, psicológicas e sociais mais presentes; verificar através dessas consultas quais são os medicamentos mais utilizados e a função de cada um; introduzir o acolhimento individual para usuários que por algum motivo excepcional não pôde participar da rotina do serviço; utilizar o encaminhamento de referência e contra referência; elaboração de um projeto terapêutico para os usuários, incorporando a contribuição das diferentes profissões; realização de reuniões para discussão do processo de trabalho e também a inserção do usuário e sua família com suas singularidades na construção do projeto terapêutico.

alcool; drogas; residência.