Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PROTOCOLOS DE UM SERVIÇO DE PSICOLOGIA: PARAR, OLHAR, ESCUTAR
Adriana Cardoso Bandeira, Magliane Freitas da Rosa

Resumo


Caracterização do problema: A criação destes protocolos diz respeito a levar em conta o sujeito e sua fala. O paciente da psicologia é aquele que quer falar sobre seu mal estar. Nesta perspectiva, os atendimentos não são feitos por consultoria mas, sim, pela agenda diária de visitas ao leito, na escuta de familiares e pessoas que buscam o atendimento. O paciente nem sempre é o mesmo do médico, levando em conta que a fala é parte importante da reconstrução de si e do outro, seja qual for o sofrimento. Descrição da experiência: Os psicólogos e assistentes sociais que fazem parte do Serviço de Psicologia tem, por agenda diária, os atendimentos ao leito, nos setores: emergência, maternidade e pediatria, UTI, internação, bloco,Saúde Mental. Estes protocolos incluem: grupos de acolhimento, rodas de conversa com familiares e pacientes e ambulatório de atendimento psicológico. Também as entrevistas de seleção e devolução tem como principal foco o sujeito trabalhador e sua escolha profissional. Nisso, ainda, com os funcionários ocorrem: grupos de ouvidoria , rodas de conversa, atendimentos individuais e atendimento por consultoria às coordenações de setores. Efeitos alcançados: Neste olhar diferenciado, o paciente é acolhido e tratado não somente como alguém que está doente; é percebido como pessoa que pode construir, estabelecer perspectivas sobre si e sobre o mundo, apesar de estar num hospital. O deslocamento do saber, que a priori sempre se encontra no profissional, para o sujeito e sua vivência, traz para a cena do trabalho e da assistência o mais um, o saber a mais que existe e é negligenciado. Também a respeito dos funcionários, saber que fazem parte do processo, que podem dar sugestões e serem ouvidos, que têm muito a contribuir e modificar o lugar subjetivo em que se encontram, faz valer a aposta pela vida sempre. Adriana Cardoso Bandeira.

Palavras-chave


protocolos; psicologia; hospital