Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PROGRAMA MAIS MÉDICOS: ANÁLISE DO NÚMERO DE EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA NOS MUNICÍPIOS ADERENTES AO PROGRAMA NO RS
Franciele Cassia Moletta de Almeida, Alcindo Antônio Ferla, Luciana Barcellos Teixeira

Resumo


O Programa faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, e visa mudar a realidade quanto à carência de médicos no SUS, através do aumento das vagas para os cursos de medicina e de residência, e na resolução imediata da falta de médicos, buscando profissionais fora do país. A prioridade para alocação de profissionais é naqueles municípios que possuem acima de 20% da população em situação de alta vulnerabilidade social, e aqueles com mais de 80.000 habitantes que apresentam os mais baixos níveis de receita pública per capita do país, e também os Distritos Sanitários Especiais Indígenas. OBJETIVO: Identificar os municípios que receberam os profissionais, descrever a população e número de equipes de saúde existentes, criando um indicador de assistência à saúde, de modo que ele possa ser comparado com os indicadores criados ao final do período de contratação. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo, com metodologia mista – qualitativa e quantitativa, que avaliará o impacto do Programa Mais Médicos sobre a situação de saúde dos municípios. Serão avaliados indicadores específicos de morbimortalidade. Este resumo apresenta dados descritivos iniciais de mapeamento dos municípios. Segundo o DAB, os municípios devem ter pelo menos 1 equipe  de saúde da família para cada 3.000 habitantes. Os dados quanto ao número de equipes e número de habitantes foram extraídos do DATASUS. Posteriormente, o índice de número de equipes para cada 3.000 habitantes foi calculado. RESULTADOS PARCIAIS: Até o momento, trinta municípios foram contemplados. Quanto ao tamanho da população, houve grande variabilidade (5.000 habitantes até mais de 1 milhão). Dentre esses, quatorze não possuía nenhuma equipe de saúde até a chegada do médico, configurando um índice zero. Apesar da grande variabilidade populacional, o índice calculado para os municípios variou de 0,1 a 0,3. CONCLUSÃO: O número de equipes foi insuficiente em todos os municípios. Foi observado que quase metade dos municípios não possuía equipe de saúde, o que configura situação extrema de população desassistida. Além disso, o índice calculado foi bastante baixo em todos os municípios. Os dados evidenciam situações de ausência ou carência assistencial na atenção primária em saúde nesses municípios, o que reforça a relevância do programa para o acesso à saúde nos municípios.

Palavras-chave


Mais médicos; indicadores; equipes de saúde; mapeamento da situação de saúde.

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Programa Mais Médicos. Brasília, 2013. Disponível em:

http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/index.cfm?portal=pagina.visualizarTexto&codConteudo=11745&codModuloArea=1053. Acesso em: 07 dez. 2013

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de atenção básica. Atenção básica e a saúde da família. Brasília, 2013. Diretriz conceitual. http://dab.saude.gov.br/atencaobasica.php. Acesso em 07 dez. 2013

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do SUS. Informações de Saúde. Brasília, 2013. http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=02. Acesso em 07 dez. 2013