Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO DE CRIANÇAS COM ALTERAÇÕES DE LINGUAGEM E DE SEUS PAIS QUANTO A PARTICIPAÇÃO E FUNCIONALIDADE PELOS COMPONENTES DA VERSÃO BRASILEIRA DA CIF-CJ
Daniele Ostroschi, Amanda Brait Zerbeto, Bárbara Frare, Maria de Lurdes Zanolli, Regina Yu Shon Chun

Resumo


Introdução: A promoção da saúde visa o favorecimento da qualidade de vida (QV) por ações voltadas as condições ambientais, sociais, culturais, econômicas e políticas e mecanismos que reduzam a vulnerabilidade e incorporem participação e controle social na gestão das políticas públicas. Agravos em fonoaudiologia como alterações de linguagem podem gerar frustração e prejuízo na QV de crianças/adolescentes, repercutindo na vida social e familiar. Conhecer as demandas e planejar ações pode minimizar esse impacto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta quanto à insuficiência de programas de promoção para pessoas com deficiência. A Reabilitação é considerada como uma das principais estratégias de Promoção da Saúde. A OMS criou a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde – CIF, em uma visão positiva da saúde e a CIF-CJ para crianças e adolescentes. Na Fonoaudiologia/UNICAMP realizam-se ações com crianças e a família como co-autora do cuidar. Interessa, a partir da CIF, conhecer a visão/demandas dessas crianças e pais. Objetivo: Analisar linguagem, participação e funcionalidade de crianças com alterações de linguagem por sua percepção e dos seus pais e o suporte de serviços de saúde/educação, utilizando-se a CIF-CJ. Método: Pesquisa descritiva e analítica aprovada pelo CEP. Participam dois grupos de 4-18 anos: com (G1) e sem alterações de linguagem (G2) e familiares, entrevistados separadamente. Apresentam-se resultados parciais de 9 crianças do G1 e seus pais e do G2. Resultados: Há diferenças entre grupos: G1 refere brincadeiras solitárias; para a maioria do G1 é difícil conversar com estranhos (d730.4) e há apreensão quanto à fala. Em contrapartida, a percepção dos pais, é que G1 interage bem, não reconhecem barreiras. A conversa com amigos/outros (d750.1) é prazerosa para G1. Na relação familiar (d760.2), a dificuldade é moderada pela cobrança de “fala correta”, visão diferente dos pais. A maioria dos pais refere dificuldade ligeira/moderada nas interações (d710) com profissionais de saúde/educação. Os pais veem o apoio de serviços de saúde (e580) e educação (e585) como facilitadores. Acham positiva a participação no grupo de pais de fonoaudiologia. Conclusão: Os achados evidenciam diferentes percepções e repercussão na participação e funcionalidade de G1 e G2 e familiares. Reafirmam as ações como importante estratégia para promoção da saúde e gestão do serviço, facilitadoras da linguagem/participação/funcionalidade das crianças.

Palavras-chave


CIF-CJ; Saúde da Criança e do Adolescente; Família