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Caracterização do problema: Diversas são as necessidades apresentadas por um indivíduo ou uma comunidade, haja vista o fenômeno complexo que trata o processo saúde-doença. Contudo, percebe-se ainda uma prática de trabalho em saúde voltada apenas para ações curativas, sem avaliação e planejamento, e com pouco enfoque no estudo do território e das necessidades da população pertencente ao mesmo. Um dispositivo bastante útil para análise ampliada da situação de saúde e do trabalho desenvolvido no âmbito da atenção primária é o diagnóstico situacional. Nesse sentido, este estudo apresenta a experiência vivenciada pelos acadêmicos do primeiro período de medicina, no módulo de Atenção em Saúde I, no eixo integração, ensino, serviço e comunidade da Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, no período de agosto a novembro de 2013 no território da Penha, localizado no município de João Pessoa - PB. Descrição da experiência: Inicialmente foram realizadas visitas ao território e conversas com informantes-chave de modo a conhecer suas divisões, a história da comunidade, organização da Unidade de Saúde da Família (USF), perceber as vulnerabilidades bem como as diversas dimensões de acessibilidade (econômica, cultural, organizacional e geográfica). A seguir, os acadêmicos tiveram acesso a diversos dados oriundos de sistemas de informações, sendo possível o cálculo dos indicadores de saúde e uma melhor caracterização dos determinantes sociais. Efeitos alcançados: Com a experiência foi possível analisar a situação de saúde, correlacioná-la com o processo de trabalho da equipe e, a partir de referencial teórico, sugerir intervenções para o enfrentamento dos problemas encontrados. O estudo permitiu reconhecer a importância de dados fidedignos para produzir intervenções oportunas. Recomendações: O estudo do território permitiu aos acadêmicos produzir o senso crítico referente a situação de saúde de uma população, a partir das vivências teóricas e práticas. Todavia, esbarra-se ainda com a dificuldade no acesso aos dados atualizados. Assim, acredita-se que o estímulo ao trabalho orientado em saúde, torna-se um grande determinante para superar este problema e produzir transformações na realidade das comunidades e das práticas em saúde.