Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PRÁTICAS CORPORAIS: UM CAMINHO REVITALIZADOR
Kellinson Campos Catunda, Braulio Nogueira de Oliveira

Resumo


Segundo o Ministério da Saúde a atividade física é uma das ações fundamentais para à qualidade de vida da população. A ausência de práticas corporais pode desenvolver enrijecimento muscular, diminuição da flexibilidade, dificuldade de mobilidade, déficits de equilíbrio, ocasionando redução da funcionalidade do corpo. Diante disso, o presente trabalho objetiva mostrar os benefícios das práticas corporais no contexto da promoção da saúde. Trata-se de uma experiência de caráter qualitativo e descritivo, realizada no município de Sobral-CE no bairro Parque Santo Antônio com um grupo de ginástica comunitária que acontece no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). O grupo é formado por 15 mulheres entre 40 e 68 anos e acompanhado pela equipe de apoio matricial (educador físico e terapeuta ocupacional) além de um agente de saúde. A ideia não estava pautada no sedentarismo mas em criar um espaço de consciência, conhecimento e apropriação do corpo. Os encontros são realizados duas vezes por semana com duração de uma hora, as atividades propostas contemplam exercícios físicos, ginástica, danças, palestras e oficinas com temas relacionados aos cuidados com a saúde. A intervenção no grupo se dá por um processo de construção, a cada encontro são considerados as vivências, acontecimentos e desejos expressos. A prática corporal transpassou os cuidados físicos com o corpo, as funções musculoesqueléticas... Transformou-se, também, em ampliação das atividades cotidianas, constituição de interações sociais, laços afetivos, confiança mútua, fatores que integram uma rede social forte e participativa, proporcionando um desejo comum de proteção á saúde, de si e do outro a partir das relações estabelecidas durante os encontros, despertando um maior "sentido a vida". O que refletiu diretamente na escolha do nome do grupo "Atividade Santo Antônio: Alegria de Viver". Por meio da movimentação corporal as participantes percebem o ambiente no qual estão inseridas se reconhecem como sujeitos de direitos e singularidades, expressando a vontade de não estarem à margem, e sim "dentro da vida". O fortalecimento do grupo comprova que esta deve ser uma práxis contínua e valorizada no sentido de propiciar mais subsídios em prol de sua melhoria.

Referências