Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DOCENCIA MÉDICA: TRABALHANDO A INFORMALIDADE
Fabiana Neman, Fabricio Silva Castilho, Katia Lima

Resumo


Introdução: A contextualização da formação docente demonstra que as condições e os desafios advindos desse trabalho educativo indicam a necessidade de se pensar a formação docente. Neman (2003) demonstra que o aluno aprende vendo, justificando a necessidade de romper com o ensino cultivado por várias gerações. Atualmente é possível identificar leves avanços no conhecimento sobre a docência universitária. Objetivo: identificar, na a percepção do docente de graduação, como ele descreve seu aprendizado docente. Metodologia: Estudo qualitativo com professores atuantes em curso de graduação em medicina, sendo esse o critério para inclusão no estudo. Análise: Os dados apontara para 3 categorias que configuraram o fenômeno do aprendizado docente. A primeira ”Aprendi na prática, observando bons e maus exemplos”, que tem seu valor enquanto experiência profissional, mas descarta o preparo docente formal; a segunda “não percebo distinção entre ser médico e ser professor na prática” indicando que foi o mundo do trabalho que o direcionou a ser docente, criando a experiência de ser docente concomitante ao fazer docente; e a terceira ”aprendi na pós graduação, mas foi insuficiente!”, indicando que o fazer docente tem uma grande carga de intuição. Conclusões: O fazer da docência universitária precisa fazer parte do contexto de discussão, com esforços para não ignorá-los. A formação docente precisa ser planejada e incluída no orçamento da universidade que está preocupada com a qualidade de seu ensino. Devemos abandonar a idéia da suficiência pautada na titulação de doutor, indicando que ele esteja preparado para atuar no contexto educacional. Concordamos com Tardif (2000), que afirma que o docente universitário carrega a ilusão de que nossas práticas não constituem objeto legítimo de pesquisa, impedindo que se problematize a nossa relação com os saberes, configurando um véu sobre a nossa visão, impedindo reação a essa ilusão.

Palavras-chave


educação; medicina; campo de prática

Referências


FEUERWERKERL. Educação na saúde – educação dos profissionais de saúde – um campo de sabere de práticas sociais em construção.REV.BRAS. EDUC. MÉDICA. 2007; 31 (1) :3-4.REIBNITZ,K.S.; PRADO, M.L. A formação do profissional crítico-criativo. Texto e contexto enfermagem,v.12, n.1, p:26-33, 2003.SALDIVA, P.H.N. Iniciaçãocientífica e a formação do estudante de medicina. Revista Médica, v.85,n.1, p:1-2, 2006.