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Este trabalho é fruto das ações do projeto de extensão “Educação em saúde em doenças crônicas: desvendando o processo saúde-doença, desenvolvido na Policlínica Piquet Carneiro/UERJ. Utilizam-se as Representações Sociais dos usuários como um elemento relevante e inovador para as atividades de cunho coletivo, referente às Doenças Crônicas Transmissíveis e Não-transmissíveis. Assim, procura-se ir além dos aspectos biológico-normativos que envolvem os processos de saúde-doença, através de uma  “interlocução ativa” entre a equipe e os usuários. O projeto vem sendo um instrumento relevante para a  promoção da saúde, na medida em que vem contribuindo para o aprofundamento das reflexões junto aos usuários dos ambulatórios, sobre suas experiências em relação ao processo saúde-doença, à adesão ao tratamento e acesso aos direitos sociais. Além disso, por se tratar de uma experiência de extensão universitária, tem também como foco o treinamento/capacitação de alunos, no campo do Serviço Social e das práticas educativas em saúde coletiva. Para tanto, vem lançando mão de recursos teórico-metodológicos, tais como: oficinas temáticas, grupos de estudo, oficinas de vivências (técnica de dramatizações) e supervisões. Como resultados, pode-se citar a realização de grupos educativos e eventos de saúde da PPC, produção de folhetos sobre prevenção em saúde. Temas abordados: “Prevenção de câncer de mama”; Prevenção de HPV: conversa de homens e mulheres”, “Prevenção de Hepatites” e “Direitos sociais e acesso aos serviços de saúde”. Visando ampliar a interface com a comunidade se realizou uma pesquisa quali-quantitativa junto às usuárias dos ambulatórios da PPC. Foram 35 entrevistas entre maio junho e julho de 2013. As informações coletadas foram sistematizadas pela equipe, com o objetivo de aprofundar o conhecimento das questões que perpassam o processo saúde-doença, em especial, questões que envolvem o acesso: às ações de prevenção, consultas, medicamentos e exames. Além disso, a pesquisa trouxe novos elementos para instrumentalizar as ações educativas, como os grupos de sala de espera - grupos educativos realizados enquanto os usuários aguardam a consulta que têm propiciado maior interatividade entre profissionais e usuários), elaboração de murais e folhetos educativos, que tem como substrato as demandas de saúde captadas na pesquisa e nos citados grupos. Assim, está em curso, a dimensão da “ação-reflexão-nova ação”, imprescindível em um projeto de extensão universitária.

Educação em sáude, promoção da saúde