Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CONHECIMENTOS E HABILIDADES NECESSÁRIAS À ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA HOSPITALAR: PRIMEIRO ANO DO ATUAR HOSPITALAR
Rachel Magarinos-torres, Priscila de Carvalho e Silva de Santana, João Carlos Rodrigues de Oliveira Junior, Jonas Bastos de Santos, Monique de Araújo Brito, Carolina Lazzarotto-silva, Mario Jorge Sobreira da Silva

Resumo


Introdução: O medicamento é uma tecnologia imprescindível à atenção hospitalar e seu uso não é isento de risco. Cabe à farmácia hospitalar, na realização das atividades de assistência farmacêutica (AF), a gestão do uso e dos riscos relacionados com medicamentos. Suporta esta investigação a necessidade de alinhar a formação ao conceito de AF expresso em 2004 pela Política Nacional de Assistência Farmacêutica e a baixa qualificação de grande parte das farmácias hospitalares brasileiras. Objetivo: A investigação objetivou explorar conhecimentos e habilidades necessários para o adequado desempenho da AF Hospitalar tendo por referência a dinâmica dos serviços no Estado do Rio de Janeiro. Método: Foi adotado o referencial da pesquisa qualitativa em saúde. Durante 12 meses, três farmacêuticos residentes, acompanharam atividades pertinentes à assistência farmacêutica em três hospitais localizados no estado do Rio de Janeiro. As situações observadas foram registradas no diário de campo, julgadas quanto a expor um incidente crítico, e no atendimento, descritas e analisadas. Assumiu-se por incidente crítico desafios para o setor, podendo tanto indicar o requerimento de novas capacidades como apresentar situações exitosas no sentido de mobilização adequada e oportuna de capacidades. As situações eleitas foram analisadas em grupo, oficina presencial, valorizando a sua natureza complexa e buscando estabelecer conexão com as competências enunciadas nas Diretrizes Curriculares para a Graduação em Farmácia. Resultados: Foram tabuladas 12 situações de prática. Como resultado, foram enunciados 18 conhecimentos e 9 habilidades. A análise dos conhecimentos produziu dois subconjuntos, a saber: conhecimentos para busca de informação químico-farmacológica e conhecimentos para execução e gestão das atividades de assistência farmacêutica hospitalar. A dimensão habilidade se mostrou mais densa. Conclusão: As situações analisadas indicam que para o bom desempenho da assistência farmacêutica hospitalar o farmacêutico deve ter iniciativa, tomar decisões e criar vínculo com outros profissionais. Nenhum item da dimensão conhecimento ou da dimensão habilidade foi requerido em todas as situações, o que aponta para grande diversidade da práxis na farmácia hospitalar no Brasil.

Palavras-chave


Assistência Farmacêutica, Farmácia Hospitalar, Competências Profissionais