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EDUCAÇÃO PERMANENTE E PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DO ÂMBITO DA ENFERMAGEM
Resumo
Este trabalho relata a experiência de uma Instituição Hospitalar de uma capital da região sudeste do Brasil, especializada na assistência à crianças e o adolescentes com distúrbios psiquiátricos, quanto à atualização da equipe de enfermagem para o atendimento à parada cardiorrespiratória (PCR) com base no referencial da Educação Permanente em Saúde. A necessidade dessa qualificação se pautou em uma notificação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) quanto à ausência de periodicidade de treinamento para o atendimento de urgências e emergências clínicas. A adoção do referencial da EPS baseou-se na possibilidade de uma ação educativa, de caráter permanente, planejada e organizada em momentos específicos, visando o intercâmbio entre os profissionais e a reflexão em relação às práticas adotadas em situações de urgência e emergência clinicas, ao conhecimento teórico e ao papel da equipe durante o manejo da PCR. A ação educativa constituiu-se de três Momentos, os dois primeiros relacionados à sua formulação, com reuniões com a equipe da Unidade para a apresentação e discussão da proposta e a aplicação de questionários para a identificação do perfil dos trabalhadores e do interesse dos mesmos em trabalhar com urgências e emergências. O terceiro momento se relacionou à implementação da ação educativa que buscou trabalhar a identificação das situações de urgências e emergências, a importância do trabalho em equipe para a assistência em uma PCR e o manejo da PCR, propriamente dito. Esse manejo pautou as diversas atribuições de cada integrante da equipe, alinhou os conceitos e, ainda, compreendeu a avaliação de todo o processo educativo. A Educação Permanente contribuiu para a interação dos indivíduos, o comprometimento profissional e desenvolveu a consciência de grupo relacionada à atuação da equipe e o posicionamento do trabalhador diante desta situação clinica. A experiência favoreceu a integração entre os setores de coordenação de educação permanente e os trabalhadores da unidade em questão, preparando os profissionais por meio do desenvolvimento da capacidade crítica e integrativa para modificar e reorientar a atuação prática durante o atendimento à parada cardiorrespiratória. Recomenda-se que as próximas ações envolvam o controle social, pois o apoio dos acompanhantes das crianças e adolescentes para lidar com as situações de urgência e emergência é fundamental para tornar os atos de saúde mais humanos e pautados na promoção da cidadania.