Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RELATO DE EXPERIÊNCIA: REALIZANDO BUSCA ATIVA DE CASOS DE HANSENÍASE NA AVALIAÇÃO DE CONTATOS INTRADOMICILIARES NO MUNICÍPIO DE CAXIAS – MARANHÃO
Gleciane Costa de Sousa, Beatriz Mourão Pereira, Maria Edileuza Soares Moura, Lívia Maria Nunes de Almeida, Layana Pachêco de Araújo Albuquerque

Resumo


Caracterização do Problema: O Brasil é o único país da América Latina que não atingiu a meta de eliminação da hanseníase, dada pelo coeficiente de prevalência de 1/10.000 habitantes. As regiões norte e nordeste concentram a maior parte dos casos. O estado do Maranhão, no período entre 1999 e 2011, apresentou um coeficiente de detecção da hanseníase que oscilou entre 94,8/100.000 habitantes em 1999 e 50,9/100.000 habitantes em 2011, acima do calculado para o Brasil. Segundo banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) no período entre 2008 e 2012 foi notificado 407 casos de hanseníase em Caxias – MA. Portanto, o controle da hanseníase, com ações como busca ativa e diagnóstico precoce, pode evitar a evolução da doença, o aparecimento de possíveis sequelas, reduzir o tempo de exposição ao bacilo e contágio de contatos intradomiciliares, uma vez que os familiares são os indivíduos mais expostos à infecção. Descrição da experiência: Para este relato de experiência destacou-se as visitas domiciliárias, realizadas no período de 04 de outubro a 04 de dezembro de 2013, a 22 contatos intradomiciliares de pacientes em tratamento ou já tratados para hanseníase pela equipe de saúde da família (ESF) do bairro Cangalheiro. Nestas visitas realizou-se a inspeção quanto à cicatriz de BCG e avaliou-se a sensibilidade térmica, tátil e dolorosa nas lesões suspeitas. Entre os 22 contatos, 7 não possuíam a cicatriz de BCG, 5 apresentavam manchas suspeitas com alteração na sensibilidade, destes, 2 não possuíam a cicatriz de BCG. Após a avaliação, os contatos suspeitos receberam encaminhamento para consulta com dermatologista e/ou aplicação de BCG. Efeitos alcançados e recomendações: Realizou-se capacitação com os agentes comunitários de saúde (ACS) que serviu de suporte para o início da busca ativa na comunidade. Dos 51 contatos estimados, 22 foram avaliados em 2 meses. Neste período foi possível perceber uma mudança quanto à concepção da família em relação à doença e ao doente, pois, até então havia mitos e preconceitos que necessitavam ser superados, possibilitando assim, a inclusão desses indivíduos no contexto social.

Palavras-chave


Hanseníase; Atenção Primária a Saúde; Educação em Saúde.

Referências


BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de atenção básica - n.21. Brasília: Ministério da Saúde. 2007.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. 4.ed. Brasília: Ministério da Saúde. 2011.

 


Texto completo: Resumo Expandido