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RESIDÊNCIA INTEGRADA EM SAÚDE: A SAÚDE COLETIVA ADENTRANDO NAS REGIÕES DE SAÚDE DO ESTADO DO CEARÁ
Resumo
A Residência Integrada em Saúde (RIS) da Escola de Saúde Pública do Estado do Ceará é uma pós-graduação Lato sensu, especialização em caráter de Residência, caracterizando-se como educação ao trabalho, através da aprendizagem em serviço, no âmbito do Sistema Municipal e Estadual de Saúde. A RIS-ESP/CE com ênfase em Saúde Coletiva tem como cenário de prática as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRES) e seus municípios de abrangência. A Região de Saúde é o espaço territorial organizado em redes de atenção à saúde da população daquele território, sob responsabilidade do Estado e dos municípios agregados. O seu desafio é gerir de forma unificada e coordenar os serviços de saúde de maneira participativa e integrada entre os municípios. Logo, o ambiente de estagio da residência é complexo, inserindo-a constantemente em situações desafiadoras. O presente trabalho objetiva relatar as reflexões sobre a CRES como espaço de atuação na residência em saúde coletiva. Utilizou-se o método participativo, através do compartilhamento das experiências junto aos profissionais da 10ª CRES (Limoeiro do Norte-CE), campo de prática da relatora. A experiência tem possibilitado à residente ampliar sua capacidade de intervenção no ambiente de trabalho, oportunizando a participação em Colegiados de Gestão, cooperações técnicas aos municípios, oficinas, fóruns e câmara técnica. A diversidade de ações propiciadas por este espaço promove a socialização das informações e compartilhamento de experiências. Observa-se na convivência da equipe o sentimento de pertencimento e compromisso ao desempenhar suas funções, perpassando os processos burocratizados. No entanto, identifica-se a necessidade de uma definição mais coerente do papel do residente na CRES. Além disso, atuação de um único residente neste local, por vezes, inviabiliza as discussões críticas e reflexivas do cotidiano. Entende-se que a presença de outro residente enriqueceria o processo de aprendizagem. As implicações promovidas pela convivência neste campo de estágio têm despertado na relatora inúmeras direções e levado a novas e múltiplas reflexões positivas. Discutir sobre a Residência em Saúde Coletiva promove avaliação e embasamento para dar continuidade aos seus processos de organização e configuração. Pensa-se que o objetivo maior é consolidar a formação de um profissional sanitarista que busque esforços multidisciplinares e interdisciplinares com vistas a fortalecer e consolidar a Reforma Sanitária brasileira.
Palavras-chave
Residência; Saúde Coletiva; Região de Saúde
Referências
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2001: regulamentação da Lei nº 8.080/90 / Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.16 p. ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA. Edital N° 03/2013. Fortaleza, 2013, 35p. SANTOS, Lenir. Regionalizando a descentralização: a região de saúde como imposição constitucional ou como ato vontade dos entes federativos? Disponível em: http://blogs.bvsalud.org/ds/2012/06/20/regionalizando-a-descentralizacao-regiao-de-saude-como-imposicao-constitucional-ou-como-ato-de-vontade-dos-entes-federativos/ Acesso em :29 nov. 2013