Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO DA OSTEOPOROSE POR MULHERES ATENDIDAS NUM SERVIÇO PÚBLICO DE SAÚDE DE FORTALEZA- CEARÁ
Lihana Maria Catunda Bonfim, Raimunda Eliana Cordeiro Barroso

Resumo


O envelhecimento populacional vem se apresentando como uma característica dos países em desenvolvimento. O crescimento da população de idosos no Brasil, nos últimos anos, imprime uma nova configuração na estrutura etária do país com o aumento da expectativa de vida e a feminização da velhice. De acordo com dados do IBGE (2013), divulgados recentemente, a esperança de vida dos brasileiros é de 74,6 anos. A transição demográfica, que ora se apresenta, traz como corolário um aumento na incidência de doenças crônicas. Dentre estas encontra-se a osteoporose, também conhecida como “a doença silenciosa dos ossos”, dada a sua manifestação lenta e imperceptível. A osteoporose, que atinge mais as mulheres, se caracteriza por uma diminuição substancial da quantidade de massa óssea, provocando a facilidade de fraturas. Entre os principais fatores de risco estão a menopausa e o envelhecimento. Segundo o Ministério da Saúde, há atualmente cerca de 10 milhões de pessoas com a doença no Brasil, sendo responsável por altos índices de morbidade e mortalidade em pessoas idosas, representando um grave problema de saúde pública. O presente trabalho tem como objetivo apreender o significado da descoberta da osteoporose para usuárias do programa de osteoporose de um serviço público de saúde de Fortaleza-Ceará. A investigação, de natureza qualitativa, entrevistou idosas, pacientes do programa de osteoporose que se encontravam à espera da sua primeira consulta e/ ou para dar seguimento ao seu tratamento. Os resultados parciais revelam uma população, predominantemente, do sexo feminino, cuja faixa etária se encontra entre 60 e 80 anos de idade, viúvas, aposentadas e/ou pensionistas, com renda, em geral, de 01 salário-mínimo, procedentes de bairros da periferia da cidade de Fortaleza. A percepção da osteoporose para essas mulheres, usuárias do SUS, se encontra associada à ideia de que “os ossos estão se acabando”; “ossos fracos que se quebram”. O conteúdo das falas das entrevistadas acerca da doença aponta para uma experiência sofrimento tanto físico como psíquico. Tal constatação revela a necessidade de atenção não apenas para os aspectos orgânicos, mas também para as dores do espírito decorrentes do momento em que estas idosas se encontram por conta desse agravo à sua saúde.

Palavras-chave


Osteoporose, menopausa, velhice