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O Programa de Educação Popular em Saúde do Trabalhador (PEPST) constitui-se como uma atividade de extensão universitária que tem como fio condutor a Educação Popular em Saúde, sendo uma experiência de caráter interdisciplinar, interinstitucional e intersetorial. O objetivo do PEPST é promover a reflexão crítica dos trabalhadores no que diz respeito ao autocuidado, ao acesso e à qualidade dos serviços de saúde, buscando uma perspectiva de emancipação na sua condição enquanto sujeito de direitos. Nesse sentido, o PESPT é composto por quatro projetos de extensão: Projeto Educação Popular e Atenção à Saúde do Trabalhador (PEPAST), o Projeto Vidas Paralelas (PVP), o Projeto Educação Popular em Saúde Escolar (EDUPFONO) e o Projeto Mídias e Educação Popular (MIDEAPOP). Esses projetos articulados desenvolvem ações nas comunidades do Grotão e Maria de Nazaré, situadas na periferia de João pessoa-PB. As ações que estão sendo implementadas na escola se focam na promoção da saúde da comunicação dos professores com práticas nas áreas de voz, audição e linguagem e as atividades desenvolvidas na Acoman se baseiam no apoio às lutas da comunidade, especialmente àquelas voltadas à questão da moradia. Todas essas atividades são embasadas no diálogo horizontal, onde a troca de saberes e o vínculo são construídos na relação com todos os envolvidos. Nas tutorias, que são as visitas aos diferentes espaços da vida do trabalhador, o diálogo é pautado a partir da troca de experiências acerca da vida do trabalhador, seu cotidiano, e sua relação com mundo. Essa experiência tem demonstrado consideráveis avanços, tais como: a propagação da criticidade dos trabalhadores em relação aos acontecimentos de suas vidas, como eles podem agir, onde eles podem procurar respostas, colocando assim em prática o controle social que é de extrema importância na luta por uma saúde de qualidade e na promoção da sua vida humana. O PEPST tem contribuído também para uma aproximação de todos os participantes (estudantes, trabalhadores, professores e comunidade), às diversas realidades sociais, sejam elas: da zona urbana, da zona rural ou do litoral. Como a diversidade étnica e das categorias de trabalho: apicultor, pescador, agricultor, artesão, professores e agentes comunitários de saúde dentre esses trabalhadores formais e informais, de diferentes níveis de instrução, a partir dessa perspectiva o programa está envolvido na formação de estudantes críticos, proporcionando aprendizado nas áreas da participação social em saúde e saúde do trabalhador, envolvendo-se também no trabalho comunitário e na ativação de mudanças em suas realidades. O exercício dessa participação – em defesa dos interesses das classes trabalhadoras – se efetiva por meio de movimentos e ações concretas que, em última instância, resignificam e reconstroem formas de inserção social no processo da consolidação da saúde enquanto direito.

PEPST, Saúde do Trabalhador, Educação Popular