Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CUIDADO MATERNO-INFANTIL EM UMA MATERNIDADE DO INTERIOR DO CEARÁ- BRASIL
Ediléia Marcela Dutra, Francisca Júlia dos Santos Sousa, Lázaro Pereira da Cunha, Itaci França Pereira da Costa, Francysnete Firmo, Mariclécia Sandra Pinto, Maristela Inês Osawa Chagas

Resumo


Sabe-se que o parto por via vaginal oferece menos riscos à mãe e ao seu filho, no entanto é cada vez mais crescente o número de cesarianas no Brasil. Apresentamos a experiência do município de Itarema no cuidado materno-infantil durante as fases do trabalho de parto. O Centro de Parto Normal em Itarema possui quatro apartamentos e uma ambiência que proporciona privacidade a cada mulher. A equipe de saúde é constituída por médicos, enfermeiras e técnicas de enfermagem. A assistência à mulher de risco habitual é prestada pelas enfermeiras obstetras. Diante de intercorrências ou de atendimento a mulheres de alto risco o médico é acionado. Em situações de alto risco as mulheres são encaminhadas para o hospital de referência, em Acaraú-CE, município distante 24 km. de Itarema. As mulheres transferidas são acompanhadas, além dos familiares, por um profissional de saúde. As transferências são reguladas por meio da Central de Regulação Estadual de Leitos. As condutas adotadas durante o trabalho de parto são: acolhimento, admissão com avaliação dos fatores de risco, aconselhamento e oferta do teste rápido para HIV, monitoramento do bem-estar físico e emocional da mulher, oferta de líquidos por via oral durante o trabalho de parto, adoção de métodos não invasivos e não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto e parto como massagem e técnicas de relaxamento, manejo ativo do terceiro período do parto, estímulo ao contato precoce entre mãe e recém-nascido, clampeamento tardio do cordão umbilical, aleitamento materno em sala de parto, exame da placenta e membranas, amamentação na primeira hora de vida, administração da vacina contra Hepatite B na primeira hora de vida, garantia do alojamento conjunto e educação em saúde no puerpério. É oferecida a todas as mulheres a possibilidade de ter um acompanhante durante o trabalho de parto e pós-parto, conforme preconizado na Lei 11.108/95. A experiência do município de Itarema no cuidado materno-infantil durante o parto tem mostrado que atitudes simples podem contribuir para a humanização do parto, promovendo à mulher uma experiência positiva com a parturição e fortalecendo sua autonomia como mulher e mãe. Essas ações resultam dentre outros no número elevado de partos vaginais, representando mais de 70% dos partos.

Palavras-chave


cuidado materno-infantil; parto, obstetrícia

Referências


BRASIL. Lei 11.108/95. Altera a Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, para garantir às parturientes o direito à presença de acompanhante durante o trabalho de parto, parto e pós-parto imediato, no âmbito do Sistema Único de Saúde - SUS. 2005.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico 2010.  Disponível em: <http://ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> Acesso em: 03 de maio de 2013.