Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RACISMO INSTITUCIONAL: UM ESTUDO ACERCA DA VISÃO DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CLEMENTE DE FARIA – HUCF NO MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS-MG
Angela Ernestina Cardoso de Brito

Resumo


Este trabalho objetivou avaliar o acesso da população negra à saúde pública no Hospital Universitário Clemente de Faria do município de Montes Claros - MG. A partir da análise dos dados coletados enfatizamos a importância de identificar o Racismo Institucional no referido hospital, além de discutir ações que erradiquem os efeitos perversos do Racismo Institucional. Metodologicamente o trabalho foi dividido em algumas fases: delimitação do problema da pesquisa, definição da temática a ser abordada, revisão bibliográfica, a elaboração e aplicação dos instrumentos, sendo estes: visita à campo e entrevista, análise dos dados coletados, confrontação dos dados analisados com os aportes teóricos. Ressaltamos que a população negra encontra- se submetida a desvantagens cumulativas socioeconômicas e no acesso a saúde que, conjuntas, se materializam numa série de vulnerabilidades, evidenciamos também, que ainda persiste o racismo nesta instituição e que se manifesta de forma ora explícita, ora implícita. O racismo institucional é entendido como a forma de racismo que se estabelece nas estruturas de organizações da sociedade e nas instituições, traduzindo os interesses, ações e mecanismos de exclusão perpetrados pelos grupos racialmente dominantes. Consideramos que o combate e a prevenção ao Racismo Institucional na saúde demandam medidas não apenas de caráter normativo ou proibitivo, mas ações efetivas que busquem a equidade e permitam, ao mesmo tempo, a elaboração de políticas públicas eficazes para combater as adversidades impostas ao seguimento populacional negro em decorrência do preconceito racial e exclusão social vivenciados historicamente.

Palavras-chave


Saúde. Racismo Institucional. População Negra. Equidade.

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