Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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IDOSAS CIDADÃS: A PARTICIPAÇÃO SOCIAL COMO PRODUTORA DE SUBJETIVIDADE NO PROJETO MULHERES DA PAZ
Michele Nunes D'Ávila, Luiz Henrique Alves da Silveira

Resumo


Introdução: Este trabalho se propõe relatar e pontuar alguns questionamentos acerca da produção de subjetividade por meio do exercício de cidadania de mulheres idosas participantes do Projeto Social Mulheres da Paz Quadrante Nordeste do município de Canoas/RS. Objetivos: Este projeto objetiva a capacitação de mulheres como lideranças comunitárias, de acordo com a proposta de trabalho do Ministério da Justiça por meio do Programa de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI). Método: O Projeto Mulheres da Paz é coordenado interdisciplinarmente e objetiva a construção de espaços de reflexão, discussão e atuação acerca de questões sobre direitos humanos, empoderamento feminino e violências que compõem a realidade da comunidade a qual pertencem as mulheres participantes do projeto. Resultados: A proposta é que por meio deste relato de experiência sejam apontados alguns modos de se viver, pensar e sentir o mundo (entendidos como produção de subjetividade) que podem ser estabelecidos por meio da participação social que o Projeto Mulheres da Paz possibilita através do exercício de cidadania às mulheres idosas. É importante destacar que este trabalho tenta dar visibilidade para a discussão sobre a promoção do envelhecimento ativo, considerando os lugares que a mulher idosa ocupa socialmente, que devem ser questionados (podendo ser desconstruídos) quando vinculados a papéis de passividade e submissão. Envelhecer também é e deve ser uma possibilidade para a participação social. A inclusão destas cidadãs na atuação comunitária é fundamental no desenvolvimento dos processos políticos e sociais. Tais processos também integram o âmbito da promoção do envelhecimento saudável. Conclusão: A experiência relatada é proveniente do trabalho que vem sendo desenvolvido com grupos formados por mulheres com idades entre 60 e 78 anos, totalizando onze mulheres, que pertencem a grupos maiores de aproximadamente 30 mulheres cada. Esses grupos envolvem uma variante de idades, tendo como idade mínima 16 anos. Os dispositivos audiovisuais (vídeos, músicas), técnicas de grupo, oficinas e atividades externas se constituem como dispositivos de subjetivação, que visam promover um espaço de diálogo, produção de conhecimento, empoderamento feminino, promoção de saúde e ação social.