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O câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo, sendo o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano no Brasil. Dados do IBGE, de maio de 2012, revelam que Macaé, Rio de Janeiro, cidade na qual realizamos esta pesquisa qualitativa sobre o cuidado às mulheres com câncer de mama, o número de óbitos decorrentes de neoplasia maligna de mama foram de 9 mulheres, correspondendo a uma taxa de 4,35 mortes por 100.000 habitantes, sendo menor que a nacional (6,73/100.000). O objetivo principal da pesquisa é o de compreender como é produzido o cuidado das pacientes com câncer de mama e mapear os serviços e fluxos assistenciais da rede. A partir de dados sobre o funcionamento, foi construído um fluxograma com as portas de entrada para os serviços, os locais especializados para exame e acompanhamento. Verificou-se como ocorrem as trocas de informações entre esses serviços e por onde caminham as usuárias. Os resultados mostram os pontos bloqueio do acesso às tecnologias necessárias ao cuidado. Para que haja diagnóstico e terapêutica adequados existem exames complementares para rastreamento e identificação de lesão suspeita, como mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. Outros, como biópsia e  punções mamárias também são imprescindíveis na conclusão diagnóstica e tipo de terapêutica. Mapeamos como fragilidades da rede, o baixo número de médicos mastologistas/oncologistas; dificuldades na marcação e realização de exames diagnósticos como USG e punção de mama, na realização de quimioterapia e radioterapia em outras cidades. Assim, estes são fatores que bloqueiam o diagnóstico e o acompanhamento da paciente. O câncer de mama é muito recorrente e responsável por muitos óbitos quando não identificado a tempo, desta forma, torna-se necessário à detecção precoce do carcinoma e a instituição em tempo oportuno da terapêutica necessária. Diante dos pontos de estrangulamento no fluxo assistencial na rede de Macaé e diante dos números crescentes de casos, é necessário reorganizar os fluxos assistenciais, para garantir a continuidade do cuidado em todos os momentos e em todos os serviços necessários. Esta pesquisa está em andamento e faz parte das atividades do PRO-PET SAÚDE.

CANCER DE MAMA; SAÚDE DA MULHER; CUIDADO