Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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AVALIAÇÃO DO RISCO FAMILIAR NA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA (USF) CAMBARÁ DO MUNICÍPIO DE GUARULHOS, SEGUNDO A ESCALA DE COELHO – SAVASSI.
Rafaela Gobbo, Paula Martini

Resumo


Caracterização do problema. A ESF tem como o seu principal pilar a Visita Domiciliar (VD) que é relevante para a detecção não só de doenças individuais, mas principalmente da vulnerabilidade familiar, para o cuidado e manutenção da saúde de seus integrantes.  Estas informações quando recolhidas durante a primeira visita à família pelo ACS permitem à ESF reconhecer indicadores demográficos, socioeconômicos e nosológicos referidos nas famílias da sua área de abrangência. Surgiu um dilema em relação a quem visitar primeiro e como privilegiar famílias de maior risco sem perder a qualidade da atenção às famílias de menor risco. Assim foi criada à Escala de Risco Familiar de Coelho e Savassi (ERFC-S), na qual é realizada a revisão dos critérios de preenchimento da Ficha A do SIAB, com especial atenção às sentinelas de risco. Descrição da experiência Trata-se de uma descrição de análise situacional, caracterizado como um relato de experiência sobre a importância da estratificação segundo a escala de risco de Coelho-Savassi na USF Cambará, Guarulhos. Foi realizado um levantamento epidemiológico dos residentes das áreas 32 e 33, sendo utilizados os dados obtidos através da ficha A do SIAB do acompanhamento dos ACS’s, classificando as famílias de acordo com ERFC-S. Foi usado como critério de inclusão ao trabalho famílias com um ou mais moradores de 70 anos ou mais. Efeitos Alcançados Foram analisadas 380 famílias, sendo 223 e 157, respectivamente, das áreas 32 e 33. Deste total, 70% das famílias não possuem risco de vulnerabilidade (R0), 16% apresentam baixo risco (R1), 6%, médio risco (R2), e 8%, alto risco (R3). A área que mais expressou R0 e R1 foi a 33, com 73,4% e 16,5%, respectivamente. Recomendações É possível perceber que a área 32 é a que se encontra com mais risco devido não somente à prevalência de suas famílias em R2 e R3, mas também por apresentar mais fatores de risco com pontuação de dois e três na ERFC-S como: acamado, desemprego, drogadição, relação morador/cômodo igual e maior que um e baixas condições de saneamento. Ademais, exibiu uma alta quantidade de indivíduos maiores de setenta anos e de núcleos familiares que os têm como membros. Seria interessante se a unidade tivesse mais trabalhos específicos para essa faixa etária que houvesse não só atividade física como também algumas aulas que estimulam o raciocínio.

Palavras-chave


escala de Coelho; risco familiar;

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