Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NO MUNICÍPIO DE FORTALEZA
Gerarda Maria Araujo Carneiro, Samira Valentim Gama Lira, Ana Luiza Vasconcelos Freitas, Adriano Rodrigues de Souza, Aline Rodrigues Feitosa, Poliana Hilário Magalhães, Deborah Pedrosa Moreira

Resumo


As lesões por causas externas são responsáveis por um crescente número de mortes por ano, desta estão os acidentes seja por queda ou trânsito e as violências. O monitoramento da mortalidade por causas externas é importante, pois a partir dele os profissionais promovem medidas de prevenção dos agravos. Nesse sentido o trabalho tem como objetivo identificar o perfil de óbitos por causas externas no município de Fortaleza-CE. Trata-se de um estudo quantitativo, do tipo transversal, realizado no município de Fortaleza em novembro de 2013. Instrumento para coleta de dados foi um formulário, com as variáveis: causa do óbito, sexo, ano e idade. Foi desenvolvido junto a Célula de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Fortaleza. Realizou-se a coleta dos dados junto ao Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), no ícone de tabulador de dados (TABNET). Após coletados os dados foram consolidados no programa Microsolf Excel XP versão 2007, em seguida realizamos a análise das referidas variáveis. O estudo não foi submetido à análise do Comitê de Ética por se tratar de dados de domínio público. De 2009 a 2013, foram registrados 69.349 óbitos em Fortaleza, destes 12.652 ocorreram em decorrência das causas externas, na qual, ocuparam a segunda posição de mortalidade ao longo de quatro anos (2009-2012), mas em 2013 passou a ocupar a primeira posição com 2.731 óbitos. Em relação ao tipo de causas externas temos os acidentes e violências. Nos acidentes, a queda teve o menor número de óbitos em 2009 (80 óbitos) e foi aumentando, chegando a 120 óbitos só em 2013. Na violência, os casos de homicídio foram os que mais se destacaram ocupando a primeira posição nos cinco anos analisados, em 2009 com 963 óbitos, chegando ao ápice em 2012 com 1.798 casos e em 2013 com 1.785. Ao ser comparado o número de mortes por acidentes e violência por sexo, evidenciou-se que o número de óbitos dos homens (39.205) é bem maior que os das mulheres (30.042). Dentre os números de óbitos por acidentes de trânsito os que se destacaram foram os pedestres (856) e os motociclistas (447) pelo elevado número de óbitos. A faixa etária mais atingida são os de 30-59 anos com 217 óbitos. É necessário trabalhar a prevenção das causas externas para evitar mortes precoces, reduzindo o impacto econômico dos gastos e as perdas de vida produtiva, além das consequências para o indivíduo e família.