Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ESCUTA SENSÍVEL: PRINCIPAL FERRAMENTA PARA O CUIDAR EM REDE
Vanessa Andrade Martins Pinto, Liz Barddal Feligueira, Eliete Garcia de Mello

Resumo


O grupo iniciou no mês de agosto de 2013, com o objetivo de avaliar a propriedade das demandas solicitadas via Sistema de Regulação (SISREG) do Município do Rio de Janeiro para atendimento no Ambulatório Especializado de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Coordenado por uma enfermeira e uma assistente social. A proposta é de uma escuta multiprofissional, pois também contamos com a participação dos médicos psiquiatras (residentes e staffs) e psicólogos para melhor encaminhamento dos casos. Por sermos um ambulatório especializado atendemos pacientes entre 18 e 60 anos, apresentando transtornos depressivos e/ou de ansiedade moderados ou graves, transtornos psicóticos de início agudo ou de difícil manejo, transtorno bipolar e/ou outros transtornos mentais graves. Nosso objetivo é fazer com que todos os pedidos de atendimento sejam avaliados de acordo com a necessidade de cada usuário, respectivo território e serviços de referência, considerando a Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010, que estabelece diretrizes para a organização da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do SUS. E fortalecer a Atenção Básica em Saúde com relações mais próximas entre especialistas e generalistas. No caso, os generalistas são os profissionais que atuam nas equipes da Estratégia de ESF (ESF) e os especialistas são os profissionais que fazem parte de equipes de Atenção Ambulatorial Especializada (AAE) que constituem pontos de atenção secundária da Rede de Atenção à Saúde (RAS). Nossas principais dificuldades são alto índice de absenteísmo até o momento em média de 60%, através de contato telefônico para confirmação dos agendamentos é presente a queixa da dificuldade de locomoção, distancia geográfica e também o tempo de espera para avaliação especializada, sendo uma fonte de insatisfação da população. Não há ainda um sistema de referência e contrarreferência estruturado com base em prontuários clínicos eletrônicos; não há apoio efetivo das pessoas nos momentos da transição; e não há uma vinculação entre os médicos de família e os especialistas, o que significa a inexistência da territorialização da AAE. E nosso principal desafio é articular nosso serviço universitário à RAS, e mais especificamente à RAPS, assumindo nossa missão junto à sociedade de ensino, pesquisa e assistência. Ratificando o cuidado em rede no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).

Palavras-chave


Saúde mental, Atenção Básica e Rede de Atenção à Saúde.

Referências


1. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria /GM nº 3.088, de dezembro de 2011. Brasília, 2011.

2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria nº 4.279/GM/MS, de 30 de dezembro de 2010. Brasília, 2010.

3. MENDES, Eugênio Vilaça. O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2012. 512 p.