Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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DESAFIOS NA EXECUÇÃO DAS AÇÕES DO PSE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DOS MONITORES DO PET-SAÚDE
Carlos Romualdo de Carvalho e Araujo, Francisco Gilmário Rebouças Junior, Francisca Dulcinalda de Paulo Braga, Maria Socorro de Araújo Dias, Maristela Inês Osawa Vasconcelos

Resumo


Introdução: O Programa Saúde na Escola visa contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, enfrentando as vulnerabilidades que afetam o desenvolvimento de crianças e jovens inseridos na rede pública de ensino. Atrelado a isso, o PET-saúde adentrou de maneira a estimular a integração ensino-serviço-comunidade através da inserção de acadêmicos nas vivências do PSE, o qual trabalha avaliando a saúde dos adolescentes, além de realizar momentos de educação em saúde nas escolas. Objetivo: Relatar os desafios encontrados pelos acadêmicos do PET-Saúde na execução das ações do PSE. Metodologia: Estudo de caráter descritivo, do tipo relato de experiência, realizado durante as atividades do PET-Saúde em algumas escolas do município de Sobral-CE, no período de agosto/outubro de 2013. O estudo foi desenvolvido semanalmente através da observação participante e a partir do desenvolvimento das ações do PSE. Seguindo os princípios éticos da resolução N° 196/96 do CNS. Resultados e discussões: O principal desafio encontrado é a barreira imposta pelos diretores e coordenadores, os quais impedem que as ações sejam realizadas, justificando isso pelo fato de que não podem retirar os alunos da sala de aula e que atrapalha o andamento das atividades docentes, no entanto, os alunos podem estar na escola no contraturno, desta forma não há perda de conteúdo e nem prejuízo aos professores. Essa falta de apoio desestimula os profissionais e os acadêmicos a completarem seus trabalhos em prol da saúde dos escolares. Outro ponto importante é a fragilidade e a descontinuidade no diálogo entre os setores educação e saúde, a falta de comunicação entre ambos causa deficiência na atuação dos setores, levando a sobreposição de algumas ações no território e à sua interrupção. A aderência do público juvenil às atividades é outra vulnerabilidade, pois a presença deles é algo impreciso. Conclusão: Portanto, vemos a necessidade de repensar dinâmicas e processos para o fortalecimento das ações locais do PSE, de forma mais articulada e sustentável, a partir de metodologias participativas. Na escola há espaços que podem ser dedicados a esses momentos de educação em saúde, contudo deve haver planejamento para que não haja prejuízo. Vê-se a necessidade de estimular a participação dos adolescentes na construção das atividades, pois essas são voltadas para as reais necessidades da comunidade escolar.

Palavras-chave


saúde do adolescente; desafios; educação para a saúde

Referências


Ministério da Saúde, Ministério de Educação. Passo a Passo PSE Programa Saúde na Escola Tecendo Caminhos da Intersetorialidade. Brasília – DF, 2012.