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Caracterização do Problema: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença degenerativa na qual alterações motoras decorrem principalmente da morte de neurônios dopaminérgicos cujas principais manifestações motoras incluem tremor de repouso, bradicinesia e rigidez. Considerando o caráter progressivo da doença, o cuidado ao paciente com Parkinson, seja por parte do cuidador, ou por parte da Equipe de Saúde da Família (ESF), se mostra limitado e bastante precário, necessitando de novas diretrizes e estratégias de intervenção. Descrição da experiência: A cuidadora da paciente DJ, 63 anos, refere que em 2001 a mesma iniciou um quadro de tremor de repouso progressivo, de início na mão direita. Em 2005, fez consulta com neurologista e iniciou o tratamento diagnóstico com Levodopa. Apresentou melhora inicial, porém nos últimos 6 anos começou a ter piora rapidamente progressiva do quadro, com dificuldade de deambulação e, devido a alterações de memória, a manutenção do tratamento é dificultada. A cuidadora refere que a dificuldade de deambulação impede um tratamento médico mais adequado e o acompanhamento constante. Refere também que tem dificuldades em estimular as atividades da paciente. Após o estudo do caso relatado, ficou evidenciada a necessidade da capacitação do cuidador para amenizar o impacto da doença na qualidade de vida tanto dos pacientes quanto de seus familiares. Efeitos Alcançados: O projeto terapêutico deve contemplar uma pactuação entre os familiares para a divisão dos cuidados, mantendo dessa forma a independência e qualidade de vida do cuidador principal. Dentro desse projeto terapêutico, cabem ainda as ações realizadas pela ESF, que devem ser orientadas e atualizadas para o atendimento preferencialmente domiciliar, de forma a reforçar a ação do cuidador, levando em conta as dificuldades do paciente. A atuação do NASF se mostra fundamental em trazer outros profissionais para o cuidado desses pacientes em âmbito domiciliar e a ação integrada desses profissionais permite dificultar a deterioração da qualidade de vida dos pacientes e também preservar a qualidade de vida do cuidador. Recomendações: Elaborar um projeto terapêutico familiar para pacientes com doenças degenerativas, especialmente em estado avançado, junto ao NASF e a ESF, de forma a capacitar e supervisionar as ações em saúde promovidas pelo cuidador desses pacientes, melhorando a qualidade de vida da família de forma universal.