Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A ESCOLARIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM MIELOMENINGOCELE: TEORIA E PRÁTICA
Sarah Vieira Figueiredo, Ana Carla Carvalho de Sousa, Ilvana Lima Verde Gomes

Resumo


Introdução: As crianças com mielomeningocele, tipo de defeito na formação do tubo neural mais prevalente, podem apresentar diferentes complicações neurológicas, como déficits de sensibilidade nos membros inferiores, malformações osteomusculares e de locomoção, alterações cognitivas, incontinência urinária e fecal, dentre outras, que irão afetar diretamente suas atividades cotidianas e qualidade de vida. Nesse contexto, destaca-se que o acesso à escola é um direito dessas crianças, constituindo-se em um importante espaço de aprendizado, estimulação e interação social. Desse modo, esse estudo objetivou discutir o seguinte questionamento: Como tem sido o acesso à escola e processo de aprendizado de crianças com mielomeningocele? Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada no mês de novembro de 2013, por meio das bases Scielo e Lilacs e do Portal CAPES. Utilizando-se a palavra-chave “mielomeningocele” selecionou-se artigos científicos originais, publicados nos últimos 10 anos e disponíveis na íntegra, excluindo-se aqueles que não se enquadravam com a temática da pesquisa, totalizando apenas quatro artigos. Resultados: dos quatro artigos encontrados, todos foram publicados a partir de 2010, não sendo encontrada na literatura achados anteriores a esse período, sendo o mais recente de 2012. Dos quatro, dois abordavam o mesmo aspecto do aprendizado dessas crianças, tratando sobre questões psicolinguísticas; outro abordava a opinião de professores sobre a inclusão escolar e o uso de tecnologia assistida; e o último sobre a percepção de mães acerca da escolarização de seus filhos. A partir da leitura e releitura dos achados, discutiu-se acerca das dificuldades enfrentadas por crianças com mielomeningocele e suas famílias, na busca por um processo de escolarização de qualidade, que atenda suas necessidades biopsicossociais, bem como os déficits de aprendizado consequentes das complicações neurológicas. Explanou-se também sobre o despreparo físico, estrutural e de recursos humanos no ambiente escolar, para receber essas crianças. Concluiu-se que, ainda são incipientes as publicações e pesquisas sobre o acesso e a escolarização das crianças com mielomeningocele, havendo a necessidade de maiores aprofundamentos, objetivando gerar suporte para a criação de estratégias mais resolutivas para a educação dessas crianças, de forma inclusiva, humana e integral.

Palavras-chave


Mielomeningocele; criança; escolaridade