Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A HUMANIZAÇÃO COMO DISPOSITIVO TECNOLÓGICO NO CUIDADO EM SAÚDE: UM OLHAR SOBRE A UNIDADE MISTA DE SAÚDE DE BARCARENA
Darlen Neves Silva Dias, Inara Moraes Mendes Arruda, Paulo de Tarso Ribeiro de Oliveira

Resumo


Este trabalho se propõe a conhecer como têm se efetivado as práticas do cuidado em saúde, de uma população no município de Barcarena, na Amazônia Brasileira.  Nos últimos anos, a questão da saúde em nosso País, vem se constituindo em tema para grande debate e discussão com a sociedade civil, o que proporciona a reflexão e a busca constante por melhorias no Sistema Único de Saúde-(SUS). Entre os temas mais importantes estão: o do cuidado e o da atenção integral. Diante deste panorama, propus analisar a Humanização, como um dispositivo tecnológico no cuidado em saúde utilizando como meio, a problematização das práticas de atenção, aqui exercidas pelos atores (gestores, trabalhadores e usuários), que realizam o cuidado na Unidade Mista de Saúde de Barcarena-UMSB. A metodologia se constituiu em um estudo de caso, com abordagem qualitativa. Foi utilizado como método, o estudo de caso, baseado em entrevistas individuais, com perguntas abertas e semiestruturadas buscando entender de que forma os atores envolvidos com o cuidado se expressam quanto à saúde e quanto à doença, questionando como se dá a prática do cuidado em saúde na UMSB e de que forma essas práticas contribuem para uma assistência humanizada. Foram entrevistados os usuários internados nas enfermarias masculina, feminina e pediátrica, os trabalhadores (alfabetizados) e o gestor da Unidade Mista de Saúde de Barcarena. A análise dos dados foi feita consubstanciada em eixos temáticos construídos a partir dos aspectos mais relevantes encontrados no trabalho de campo e no resultado das entrevistas. Com base nos resultados, observei que, a compreensão dos participantes em relação ao sentido de saúde e doença se mostra mais ampla, quando comparada com a visão médico-centrada, o que favorece um cuidado mais acolhedor. No entanto, pude observar também, que na conduta profissional dos participantes há a existência da dupla face, entre frestas de acolhimento e o trabalho centrado no médico, ou seja, a divisão entre os que acolhem e os que utilizam os procedimentos baseados nas tecnologias duras sem reflexão. Além disso, é possível afirmar que o quantitativo dos profissionais em saúde é escasso em relação à demanda de usuários, o que acaba por prejudicar a assistência humanizada em saúde. Outra observação realizada foi à questão do cuidado de si, que na realidade da assistência à saúde do município estudado é pouco enfatizado, em função da cultura da medicalização centrada na prática médica.

Palavras-chave


Humanização; Cuidado em Saúde; Saúde e Doença

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