Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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MARCOS LEGAIS DA FORMAÇÃO DE RECURSOS HUMANOS PARA O SUS: ENFOQUE PARA TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Silvana Lima Vieira, Virginia Crispina de Oliveira Gomes, Jessica Silva da Silva, Cristiane Costa Reis da Silva, Gilberto Tadeu Reis da Silva, Tatiana Reis da Hora

Resumo


Introdução: A implantação do Sistema Único de Saúde (SUS) tem demandado uma mudança do perfil do quadro de recursos humanos. Formar profissionais comprometidos com a lógica da organização dos serviços, com características dinâmicas, requer uma forte política intersetorial entre as áreas da educação e da saúde. No que diz respeito ao trabalho em saúde, traz o desafio de redirecionar as práticas dos profissionais para o atendimento às necessidades de saúde individuais e coletivas da população, com o entendimento que a saúde é determinada multifatorialmente (BRASIL, 1987; BRASIL, 2011). Neste sentido, a Rede de Escolas Técnicas do SUS (RET-SUS), composta por 36 escolas, apresenta-se como estratégia para formação de recursos humanos com enfoque na educação profissional, baseada na educação transformadora e problematização. Objetivo: contextualizar historicamente marcos legais da formação de recursos humanos para o SUS, com enfoque no técnico em enfermagem. Método: pesquisa documental, descritiva, a partir de documentos ministeriais e dados da rede virtual de informações. O recorte temporal foi de 1980 a 2012, com os seguintes descritores: escolas técnicas, técnico em enfermagem e educação profissionalizante. Resultados e Discussão: Na década de 80, o marco na Educação Profissional em Saúde foi o Projeto de Formação em Larga Escala que objetivou a formação profissional dos trabalhadores de nível médio e fundamental inseridos nos serviços de saúde. Em 2000, o Projeto de Profissionalização dos Trabalhadores da Área da Enfermagem, objetivando a melhoria da qualidade da atenção à saúde. A portaria nº 1.298, de 28 de novembro de 2000, atualizada pela portaria nº 2970 de 25 de novembro de 2009, instituiu a RET-SUS, que promove a articulação das instituições formadoras de trabalhadores de nível médio em saúde no País, ampliando a capacidade de atuação com as necessidades e demandas do SUS. Nesse mesmo ano, foi criado o Programa de Formação de Profissionais de Nível Médio para a Saúde (PROFAPS), por meio da Portaria nº 3.189, com foco na formação para atendimento às regiões onde há escassez desse profissional. Conclusão: A trajetória histórica evidenciou que a política de formação de recursos humanos para o SUS, em especial para o nível técnico tem avançado através de diversos projetos e programas (BORGES, 2012; GALVÃO, 2012). Desta forma, contribuíram de forma efetiva para a qualificação de profissionais, promovendo formação e desenvolvimento no e para o SUS.

Palavras-chave


ensino profissionalizante, enfermagem, educação

Referências


BRASIL. Ministério da Previdência e Assistência Social. Programa de Formação de Pessoal de Nível Médio. Brasília: Ministério da Previdência e Assistência Social, 1987.

 

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. SGETS: políticas e ações. Brasília: Ministério da Saúde, 2011.

 

BORGES, Fabiano Tonaco et al . Escolas Técnicas do SUS (ETSUS) no Brasil: regulação da integração ensino serviço e sustentabilidade administrativa. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro,  v. 17, n. 4, Abr.  2012.

 

GALVAO, Ena de Araújo; SOUSA, Maria Fátima de. As escolas técnicas do SUS: que projetos político-pedagógicos as sustentam? Physis,  Rio de Janeiro ,  v. 22, n. 3,   2012.