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SAÚDE E SEXUALIDADE: REFLEXÕES SOBRE EDUCAÇÃO SEXUAL NA ADOLESCÊNCIA
Resumo
O Censo Escolar, 2005, realizado pelos ministérios da Saúde e Educação, apontou que a maior parte das escolas brasileiras incluiu a educação sexual em seus currículos e, segundo uma pesquisa feita no último ano pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, os jovens destacaram o meio escolar como sendo a segunda maior fonte para obtenção de informações sobre AIDS, em primeiro a família e em terceiro a televisão. Apesar de todos os programas de educação sexual, estimativas, da Organização Mundial da Saúde, de infecções de transmissão sexual na população sexualmente ativa apontam que, no Brasil, a cada ano surgem 1.541.800 pessoas infectadas por gonorreia, 1.967.200 por clamídia, 937.000 por sífilis, 685.400 por HPV e 640.900 por herpes genital. Além do grande número de pessoas portadoras de doenças sexualmente transmissíveis, dados do Ministério da Saúde sobre gravidez na adolescência, mesmo em queda, ainda são alarmantes e apontam que em 2007, do total de partos atendidos pelo SUS, 23% foram de adolescentes entre 15 e 19 anos e 1% entre partos de 10 a 14 anos. Diante do exposto, percebe-se a necessidade de campanhas educativas nas escolas. Este trabalho trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicas de enfermagem, que ministraram palestras e desenvolveram atividades educativas sobre sexualidade na adolescência numa escola da rede pública estadual do Piauí, e foram abordados os seguintes temas: noções básicas das mudanças pubertárias, conceito e fatores que influenciam a sexualidade e sua socialização, uso de preservativo, a primeira relação sexual, gravidez na adolescência e os principais agravos relacionados à saúde sexual. Realizaram-se dinâmicas, aulas expositivas e rodas de discussão e, ao tratar-se de doenças sexualmente transmissíveis, foi possível observar que o conhecimento dos jovens corrobora com os resultados dos vários estudos já realizados, que apontam a AIDS como a mais conhecida, e expõem o nível de desconhecimento com relação às outras. No que diz respeito à gravidez na adolescência, mostrou-se que eles mantinham ideias equivocadas acerca da gestação e do aborto. Percebeu-se que abordar esses temas ainda causa polêmica pelo fato da carência de meios onde eles possam discutir sobre tais assuntos. Concordou-se que são necessários maiores investimentos na educação em saúde e políticas públicas mais efetivas direcionadas a este público, onde se destaca o importante papel da enfermagem na promoção e prevenção da saúde.
Palavras-chave
educação sexual; enfermagem; adolescentes
Referências
1 BRASIL. Portal da Saúde. Disponível em
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=24052%0D Acessado em: 07/dezembro/2013
2 ______.DST no Brasil. Disponível em: http://www.aids.gov.br/pagina/dst-no-brasil Acessado em: 07/dezembro/2013
3 ______. Portal da Saúde. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=33728&janela=1 Acessado em: 07/dezembro/2013