Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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INDEPENDÊNCIA NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIA (AVD'S): IMPACTO NA PARTICIPAÇÃO SOCIAL DE ALUNOS DA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXEPCIONAIS (APAE) EM PROCESSO DE ENVELHECIMENTO
Letí­cia Rocha Dutra, Izabela Rocha Dutra, Mariana Xavier de Souza, Joanito Niquini Rosa Junior, Mariana Roberta Lopes Simões, Antônio Moacir de Jesus Lima, Paulo Afranio Sant'Anna

Resumo


Introdução: O numero de pessoas idosas e com deficiências tem crescido tanto no Brasil, como no mundo, fato este justificado pelo aumento da expectativa de vida ao nascer. Com isso, aponta-se a necessidade de se criar estratégias a fim de promover melhor qualidade para essa fase da vida, o que permitirá alcançar o tão almejado envelhecimento bem sucedido e digno. O acometimento de deficiências e o envelhecer são processos dinâmicos e progressivos que podem levar a perda da capacidade do indivíduo de se adaptar ao meio ambiente. Diante deste contexto, garantir a autonomia e independência destes é fundamental. Uma maneira de mensurar o quanto o processo de envelhecimento atrelado a uma deficiência compromete a autonomia e independência é verificando a habilidade ou inabilidade de desempenhar as atividades de vida diária (AVD´s). Estas são caracterizadas como atividades relacionadas ao cuidado do indivíduo para com seu próprio corpo, o quanto esses idosos estão inaptos a realizarem essas tarefas rotineiras de maneira independente e o quanto isso pode influenciar em sua autoestima e participação social. OBJETIVO: Apontar o nível de autonomia e independência nas AVD´s dos alunos da APAE de uma cidade do Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais em processo de envelhecimento. Método: Trata-se de um estudo transversal e descritivo realizado com todos os alunos, com idade superior a 50 anos e com deficiências diversas, que foram submetidos a aplicação do índice de Katz, uma avaliação funcional que busca verificar o nível de autonomia e independência dos idosos no desempenho das AVD’s. Resultados: Através do Índice de Katz os participantes foram avaliados nas seguintes funções e atividades cotidianas: alimentação, continência, transferência (locomoção), toalete, vestir e o banho. Da amostra 60% foi classificado como independente e 40% como dependentes parciais. Conclusão: Verificou-se que esses alunos, mesmo em processo de envelhecimento somado a alguma deficiência são considerados capazes de realizar as AVD´s de maneira independente. Assim, o envelhecimento saudável não se restringe a ausência de doenças, principalmente quando nos deparamos com pessoas deficientes em processo de envelhecimento. Portanto, conquistar uma melhor qualidade de vida, com preservação da autonomia, independência e a manutenção da participação social é uma contribuição singular para um envelhecer bem sucedido, já que velhice não necessariamente precisa ser uma fase de perdas.

Palavras-chave


Atividade de vida diária; Envelhecimento; Participação Social

Referências


 

1- AREOSA, S.V.C., AREOSA, A.L. Envelhecimento e dependência: desafios a serem enfrentados. Revista Textos &Contextos Porto Alegre v.7, n.1p138-150, jan/jun 2008

2- COSTA NETO, M. M. (Org.) A implantação da Unidade de Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas da Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2000.

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4- Federação Nacional das Apaes- www.apaebrasil.org.br/

5- IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2002 -www.ibge.gov.br/

6- ONU- Organização das Nações Unidas- www.onu.org.br/

7- REZENDE, M.C. RABELO, D.F. Envelhecimento com deficiência física: Experiência com grupos educativos. Estud. interdiscip. envelhec., Porto Alegre, v. 6, p. 41-51, 2004.