Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CIRURGIA SEGURA E A SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO SUS: EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE ENFERMAGEM
Isabela Ribeiro de Sá Guimarães Nolêto, Nalma Alexandra Rocha de Carvalho, Samya Raquel Soares Dias, Maria Zélia de Araújo Madeira

Resumo


Estimativas sugerem que a cada ano, mundialmente, são realizadas cerca de 234 milhões de cirurgias extensas, correspondendo a uma operação para cada 25 pessoas, contudo, a humanidade ainda sofre com a falta de acesso a cirurgias de alta qualidade, mesmo sabendo que as vidas salvas por intervenções cirúrgicas evitam inúmeras incapacidades. A onipresença da cirurgia causa riscos não controlados que tem implicações significativas na saúde pública, buscando reverter essa situação, em 2004, a Organização Mundial da Saúde, lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, com objetivo de conscientizar os profissionais e motivar o cumprimento político para uma melhor segurança na assistência da saúde, além de apoiar os Estados membros no desenvolvimento de políticas públicas e na indução de boas práticas assistenciais. O foco da Aliança é formular Desafios Globais para a segurança do paciente, onde o segundo lançado dirigiu-se à atenção para os fundamentos e práticas da segurança cirúrgica, que tem como objetivo aumentar os padrões de qualidade almejados em serviços de saúde de qualquer lugar do mundo, contemplando a prevenção de infecções de sítio cirúrgico, anestesia segura, equipes seguras e indicadores de assistência cirúrgica. Este trabalho trata-se de um relato de experiência de acadêmicas de enfermagem, durante um estágio supervisionado da disciplina de Cirurgias e Emergências, em um hospital-escola da rede pública de saúde do estado do Piauí, onde acompanhou-se o perioperatório de um paciente de 70 anos, sexo masculino, internado para tratamento de hérnia inguinal. Para as acadêmicas, este foi o primeiro contato com o centro cirúrgico e com o elo "instrumento-paciente", abordado por meio da aplicação do instrumento de Sistematização da Assistência de Enfermagem Perioperatória da Universidade Federal do Piauí,  baseado no Protocolo de Cirurgias Seguras e na CIPE. Percebeu-se a facilidade de aplicar o instrumento - por possuir itens concisos, objetivos e coerentes - e sua importância tanto para o sucesso do procedimento como para a recuperação pós-operatória. Vale-se ressaltar que o cumprimento do Desafio proposto proporciona resultados gratificantes no âmbito cirúrgico e que cirurgias de qualidade só beneficiarão a todos se este for aplicado de forma efetiva. É necessário constante capacitação dos profissionais para que estes tenham conhecimento da importância da adoção de medidas indispensáveis para as práticas de segurança cirúrgica.

Palavras-chave


cirurgia; segurança do paciente; enfermagem perioperatória

Referências


1 BRASIL. Ministério da Saúde.Segundo desafio global para a segurança do paciente: Cirurgias seguras salvam vidas (orientações para cirurgia segura da OMS)Rio de Janeiro. 2009.