Anais do 11º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação ISSN 1807-5762
Interface (Botucatu) [online], supl. 3, 2014
Anais do 10º Congresso Internacional da Rede Unida
Suplemento Revista Interface - Comunicação, Saúde, Educação ISSN 1414-3283
Interface (Botucatu) [online], supl. 1, 2012
A EDUCAÇÃO SEXUAL PARA PESSOAS COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS: MITOS OU VERDADES COMO OS PROFESSORES E OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE PODEM AJUDAR
Cristiane Alves Montenegro
Resumo
Introdução: Dialogar sobre o tema da sexualidade ainda provoca constrangimento em muitas pessoas. A sexualidade é o que há de mais íntimo nos indivíduos, sendo um tema de interesse público, pois a conduta sexual da população diz respeito à saúde pública. A criação do tema transversal Orientação Sexual nos Parâmetros Curriculares Nacionais é um indício da inserção deste assunto no âmbito escolar, em virtude do crescimento de casos de gravidez indesejada entre adolescentes, risco de contaminação pelo HIV e outras DST's, e abusos sexuais, conforme a literatura atual. Objetivo: Esclarecer questões da educação sexual, seja como garantia de direitos ou mesmo como tema a ser abordado na escola sobre a vida sexual das pessoas com necessidades especiais, com enfoque nas diferentes deficiências. Metodologia: Esse estudo foi realizado mediante pesquisa em referências bibliográficas que abordavam o tema da Educação Sexual para pessoas com necessidades educacionais especiais, e observações em clinicas, escolas e instituições para pessoas portadoras de deficiência. Relacionou-se a Educação Especial como um desdobramento do direito a educação, apresentando uma abordagem da orientação sexual no contexto da escola inclusiva. Resultados esperados: Trabalhar com questões de sexualidade não é fácil, já que envolvem vários atores: pais, professores, familiares, religião e valores. O professor e o profissional capacitado mais próximo ao aluno, cabendo a ele a missão de ser o orientador sexual e buscar os conhecimentos que o leve a elaborar a sua proposta de orientação escolar, levando em consideração as peculiaridades de cada educando. Estudar as fases de desenvolvimento sexual do ser humano permite ao professor reconhecer as características de cada etapa do crescimento e o ajuda a entender comportamentos, interesses e necessidades. Assim, visualiza-se que a educação sexual é muito importante, pois todos têm direitos a informações e esclarecimentos acerca de sua sexualidade, inclusive de pessoas com deficiência. Entretanto, mesmo considerando as restrições que possam acometer, nenhuma deficiência remove do ser humano o desejo sexual. Assim, é preciso que a escola, a família e a sociedade encare de frente essa questão para conseguir vencer as barreiras dos mitos e dos tabus sobre o tema, principalmente quando se trata de orientação de pessoas com necessidades especiais.Conclusão: A educação sexual para pessoas com deficiências visa colaborar para que possam desenvolver e exercer sua sexualidade de forma agradável, responsável e prazerosa. O exercício da sexualidade pressupõe o exercício da cidadania, e a educação social propõe que os educandos tenham consciência de suas capacidades, bem como o conhecimento de si e do outro.
Palavras-chave
Educação Sexual;para pessoas com deficiência
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