Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ORIENTANDO PARA O AUTOCUIDADO EM SAÚDE BUCAL – MULTIPLICANDO SAÚDE.
Vanessa Costa Marui, Vivian Nunes Scudeler, Fabiana de Paula Andrade, Helena Akemi Wada Watanabe

Resumo


Introdução: A dificuldade na absorção da elevada demanda em saúde bucal na atenção básica e a dificuldade dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) em compreenderem a inserção da saúde bucal nesse nível de atenção, motivou a realização de uma atividade educativa. Objetivo: Apresentar a experiência desenvolvida por alunos do PET em atividade educativa produzida na área de saúde bucal na atenção básica. Metodologia: Relato de experiência. Resultados Através da realização de roda de conversa agendada com antecedência com os ACS da UBS Paulo VI, buscou-se conhecer as percepções dos mesmos sobre o serviço de saúde bucal, os principais problemas de saúde bucal que a sociedade e a clientela do serviço têm, utilizando a metodologia problematizadora. Os principais problemas de saúde bucal que a sociedade enfrenta, segundo a percepção dos ACSs estão relacionados à falta de limpeza-cuidado, estresse, falta de informação, falta de acesso a serviço/profissional, dificuldades de acesso a material de higiene, doenças da boca. Já em relação aos usuários do serviço foram citados problemas relacionados ao serviço: na comunicação dentro da unidade, falta de investimentos, grande demanda de pacientes, falta de profissionais/espaço físico na UBS, falta de raios-X, poucas visitas domiciliares, tempo para esterilização de material; e os relacionados aos usuários: déficit para o autocuidado e falta de informação. A seguir, elaborou-se uma árvore de problemas, buscando discutir as causas dos problemas levantados em relação ao serviço e à cárie. Em relação ao serviço foi apontada a política interna da unidade bem como do serviço de saúde em geral, no tocante a falta de investimentos. Em relação à cárie, observou-se que o conhecimento dos ACS não difere da dos usuários do serviço, creem em mitos populares, desconhecem o mecanismo de surgimento da cárie, bem como os cuidados com a boca. Tendo por base a apresentação “teórica” sobre o funcionamento do serviço, sua rotina, prioridades e limitações e sobre o problema específico de saúde bucal cárie, o grupo de ACS refletiu sobre sua árvore de problemas, buscando elaborar novos conhecimentos que poderão ser multiplicados junto aos usuários do serviço, incluindo a saúde bucal que muitas vezes é negligenciada na rotina de atendimento do ACS. Entretanto, observou-se a falta de envolvimento dos ACS nessa atividade. Conclusão: Estratégias de educação permanente na UBS devem ser participativas e estimuladas pelas equipes da ESF.

Palavras-chave


educação em saúde bucal,ACS, multiplicadores de conhecimento,orientação da população,diminuir os problemas bucais da população

Referências


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