Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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A AFETIVIDADE, O SOFRIMENTO ÉTICO-POLÍTICO E O CUIDADO À SAÚDE MENTAL EM TERRITÓRIO DE ALTA VULNERABILIDADE SOCIAL
Karina Rodrigues Matavelli Rosa, Carlos Roberto Castro e Silva

Resumo


Introdução: O apoio matricial se apresenta como uma importante metodologia de gestão do trabalho em saúde, desta forma equipes de referência e apoio matricial são dispositivos importantes para o exercício da Clínica Ampliada (CAMPOS, 1997). Especificamente no campo da saúde mental esta metodologia corrobora para o fortalecimento das ações de saúde mental na atenção básica, além de contribuir para a efetivação de alguns princípios importantes do SUS e da própria Reforma Psiquiátrica. Objetivos: A presente pesquisa buscou investigar e compreender no âmbito das tecnologias leves, a qualidade dos vínculos afetivos que permeiam e balizam os encontros entre os diversos sujeitos envolvidos na composição do campo micropolítico do cuidado à saúde mental em território de alta vulnerabilidade social. Método: Partimos de uma visão de mundo ancorada na Psicologia Sócio-Histórica, dois meses de imersão semanal no campo e dezenove encontros entre reuniões técnicas do CAPS, da equipe do apoio matricial e dos grupos de apoio matricial em Cubatão/Vila dos Pescadores. Os instrumentos utilizados foram à observação participante, os diários de campo e entrevistas semiestruturadas com os profissionais das equipes. Os diários de campo foram os principais norteadores de todo o processo analítico. Para a análise e interpretação das informações utilizamos a Hermenêutica de Profundidade de Pedro Demo (2010); a Epistemologia Qualitativa de González Rey (2011; 2012); e a dialética da exclusão-inclusão de Sawaia (2010). Resultados: Destacamos os vínculos afetivos, sobretudo, o respeito, a solidariedade, a confiança e a cumplicidade como estruturantes da dimensão cuidadora em saúde. E a afetividade enquanto dimensão política de luta pela superação do sofrimento. Discutimos o adoecimento psíquico a partir do sofrimento ético-político (SAWAIA, 2010). E o território enquanto cenário vivo capaz de ao materializar a desigualdade, a violência e a miséria, mediar as intersubjetividades que sustentam os encontros entre profissionais e sujeitos na produção do cuidado. Conclusão: Centralizar os vínculos afetivos na construção de práticas de produção do cuidado á saúde, principalmente na saúde mental é, sobretudo, ser capaz de acolher a dor e o sofrimento do outro e investir no processo de politização destes sujeitos, potencializando a capacidade de cada um enquanto agente transformador de si e de sua realidade, a partir do conhecimento dos mecanismos que os oprimem, os adoecem e os desumanizam.

Palavras-chave


apoio matricial; afetividade; sofrimento ético-político; território; exclusão.

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