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A Estratégia Saúde da Família (ESF) vem sendo implementada há mais de dezoito anos em várias cidades do país com repercussões na melhoria da qualidade da atenção à saúde da população. No entanto constata-se um descompasso entre as necessidades existentes para o médico que atua na Atenção Básica à Saúde (ABS) e da sua formação mais adequada.

A expansão da oferta das vagas em Programas de Residência de Medicina de Família e Comunidade (PRMFC) até o momento não acompanhava o ritmo da expansão da cobertura populacional da ESF. Observa-se uma iniqüidade, na distribuição dos programas no país, com uma concentração destes no sudeste e sul. Esta tendência é paradoxal à distribuição da cobertura populacional das equipes da ESF. Esta situação levou a instituição de uma política de direcionamento na formação de recursos humanos para atuar na atenção primária coerente com a necessidade do país, orientada pela Lei 12.871, de 22 de outubro de 2013, que institui o Programa Mais Médicos. Um dos eixos deste programa, que provoca a readequação da formação médica, traz como consequência imediata o aumento do número de vagas para residência em Medicina de Família e Comunidade. Diante desta situação, torna-se necessário investigar como estes PRMFC estarão sendo implantados. Este projeto propõe-se avaliar a implantação e o funcionamento dos PRMFC nas cinco regiões federativas do Brasil, para qual pretende-se realizar uma abordagem quantitativa e qualitativa.

Esta proposta de estudo é fruto da formulação de algumas hipóteses oriundas da dissertação de mestrado sobre Avaliação da Implantação de um PRMFC em larga escala em capital do Nordeste do Brasil, realizada em 2007 e 2008.

 

Descritores: Avaliação de Programas e projetos de Saúde, Medicina de Família e Comunidade, Atenção Primária à Saúde

avaliação; formação