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POTENCIALIDADES E LIMITAÇÕES DO PROGRAMA NACIONAL DE REORIENTAÇÃO DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL EM SAÚDE (PRO-SAÚDE) EM MACAÉ: REFLEXÕES DO PET – NUTRIÇÃO
Resumo
Introdução: Como parceria entre os ministérios da Educação e da Saúde, o Pro-Saúde visa reorientara formação de profissionais, favorecendo mudanças curriculares que fortaleçam a integração entre instituições de ensino e serviço público de saúde, com vistas à consolidação do SUS. A implementação do Pro-saúde pelos grupos PET (Programa de Educação para o Trabalho) constitui a base para novas diretrizes curriculares como parte de um processo dinâmico e coletivo de avaliação e aprimoramento. Objetivos: Identificar potencialidades e limitações do Pro-Saúde por meio de reflexões de um grupo PET do Campus UFRJ-Macaé. Método: Em2012 o Campus UFRJ–Macaé inseriu-se no Pro-Saúde, constituindo quatro grupos PET, com alunos e professores dos cursos de graduação em Nutrição, Enfermagem, Medicina e Farmácia. Em abril de 2013 a Comissão de Gestão e Acompanhamento Local do Pro-Saúde/Macaé realizou uma oficina de avaliação do Programa. Cada grupo PET buscou identificar percepções dos atores (alunos, preceptores e tutores) sobre o trabalho desenvolvido no âmbito do Programa. No PET-Nutrição, que tem como tema "promoção da alimentação saudável e prevenção de DCNTs”, foi solicitado a cada ator que escrevesse sobre sua experiência no grupo, seguindo um roteiro para produção de narrativas. Essas foram analisadas em caráter preliminar, buscando identificar aspectos positivos e negativos do Programa. Resultados: O PET-Nutrição analisou narrativas de seus 15 alunos, seis preceptores e seis docentes. Como aspectos positivos os preceptores destacaram o estímulo à atualização e crescimento profissional; e a aproximação entre serviço-universidade mediada pela convivência entre os atores. Os alunos destacaram a aproximação com a prática profissional e a troca de saberes com os profissionais da rede. Como aspectos negativos foram citados: despreparo da rede para receber as ações dos projetos; dificuldade de infraestrutura física e de agenda para realizar atividades de trabalho em equipe; dificuldade em gerenciar as tarefas do projeto e as do currículo formal; sensação de incapacidade de modificar a realidade observada; e a falta de conhecimento sobre o impacto do projeto para o serviço e comunidade. Conclusão: Os resultados destacam a relevância do Programa para a formação profissional qualificada e continuada. Os aspectos de ordem prática e logística dificultadores das ações podem nortear melhoramentos para maior efetividade do Programa.
Palavras-chave
Educação em Saúde; Educação Superior
Referências
BRASIL.Ministério da Saúde. Ministério da Educação. Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde -Pro-Saúde: objetivos, implementação e desenvolvimento potencial. Brasília,DF: Ministério da Saúde, 2007. 86p. (Série C. Programas e Relatórios).