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Introdução: O ensino superior na área da saúde no Brasil tem passado por importantes mudanças, como a implantação de diretrizes curriculares e a ampliação de vagas em instituições federais de ensino superior (Programa REUNI). Neste contexto foi criado o curso noturno de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), mantendo o currículo integrado já existente no curso diurno, com ênfase na integração ensino-serviço-comunidade e tendo a perspectiva de inserir o estudante trabalhador na universidade. Objetivo: Conhecer o perfil do estudante ingressante no curso noturno de Odontologia/UFRGS, motivos de opção e expectativas quanto ao curso, bem como sua situação acadêmica. Método: Pesquisa transversal observacional realizada por meio da aplicação de questionário semiestruturado e análise documental (histórico acadêmico). Resultados parciais: A maior parte dos 118 estudantes pesquisados eram mulheres (66,1%), jovens (61,1% tinham de 17 a 22 anos de idade), brancos (82,2%), solteiros (83,9%), sem filhos (74,6%) e naturais do Rio Grande do Sul (89%). Cursaram o ensino fundamental (41,5%) e médio (48,3%) exclusivamente em escola pública e não frequentaram outro curso superior (53,4%). Os estudantes residem com pais (58,5%), trabalham (52,6%) de 30 a 40 horas semanais (32,2%) e relataram ter vínculo profissional com a área da saúde (35,4%). A renda familiar mensal para 46,6% dos estudantes foi de 1 a 5 salários mínimos. A Odontologia é o curso de sua preferência (85,6%) e sentem-se completamente seguros na escolha pelo mesmo (50,9%). Optaram pela Odontologia, por ‘realização pessoal e profissional’, seguido pela ‘segurança e tranquilidade no futuro, posição social e conforto financeiro’ e pelo ‘interesse em atuar na comunidade’. A expectativa em relação ao curso é a ‘formação qualificada’, ‘realização profissional’ e ‘realização pessoal/de um sonho/ vocação’.  Sobre a situação acadêmica (2013/1), 39,6% dos estudantes segue a seriação aconselhada do curso, sem reprovação ou trancamento de matrícula. Dos 13 estudantes que realizaram trancamento, 6 retornaram às atividades acadêmicas após o afastamento. O percentual de evasão é de 15,4%, sendo que 9,9% saiu do curso noturno para ingressar no curso diurno de Odontologia da mesma Universidade. Conclusão: Conhecer o perfil do estudante ingressante e acompanhar sua trajetória acadêmica deve ser parte integrante do processo de planejamento e organização desse curso de graduação criado a partir do REUNI.

Ensino Superior; Educação em Odontologia; Evasão Escolar.