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INTRODUÇÃO: A HANSENÍASE É UMA MOLÉSTIA CAUSADA POR UM MICRÓBIO - BACILO DE HANSEN O QUAL ATACA A PELE E OS NERVOS, CONHECIDA TAMBÉM COMO "LEPRA", "MORFÉIA", "MAL-DO-SANGUE". TRATA-SE DE DOENÇA CONTAGIOSA E CURÁVEL. TALVEZ POR SER UMA DOENÇA CONTAGIANTE E QUE PODE ACARRETAR TERRÍVEIS DEFORMAÇÕES, OS PORTADORES SEMPRE FORAM DISCRIMINADOS E MUITOS SOFRERAM O ABANDONO, SENDO POSTOS EM LUGARES AFASTADOS DO CONVÍVIO SOCIAL (SILVA JÚNIOR ET AL, 2008). NO BRASIL, A PARTIR DOS ANOS DE 1950, TEVE INÍCIO A UTILIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS EFICAZES NO COMBATE À HANSENÍASE, DESTA FORMA, DESENVOLVEU-SE A CERTEZA DE QUE O RELACIONAMENTO SOCIAL NÃO TRAZIA RISCOS PARA A POPULAÇÃO E OS BENEFÍCIOS PARA O DOENTE ERAM ENORMES, PERMITINDO-O UMA REINTEGRAÇÃO À SOCIEDADE (LUNA ET AL, 2010). PERCEBE-SE QUE MESMO COM OS AVANÇOS OCORRIDOS NO DIAGNÓSTICO, CONTROLE E TRATAMENTO DA HANSENÍASE, AINDA É NÍTIDO O ESTIGMA DA DOENÇA, PROVOCADO PELO PRECONCEITO, MEDO E PELAS REJEIÇÕES POR PARTE DA SOCIEDADE (LUNA ET AL, 2010). COMPREENDE-SE QUE O CONHECIMENTO DAS DIFICULDADES ENFRENTADAS NA ADESÃO AO TRATAMENTO DA HANSENÍASE É IMPRESCINDÍVEL PARA SUBSIDIAR UMA ASSISTÊNCIA MAIS HUMANIZADA E DE QUALIDADE, IMPLICANDO NA PROMOÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE QUE SE TRADUZAM NAS RESOLUÇÕES DOS PROBLEMAS IDENTIFICADOS, NA SATISFAÇÃO E NA GARANTIA DE UMA ASSISTÊNCIA INTEGRAL.   OBJETIVO: IDENTIFICAR O NÚMERO DE INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR HANSENÍASE NO ESTADO DO CEARÁ DO ANO DE 2008 A 2011.   METODOLOGIA: ESTUDO DO TIPO EPIDEMIOLÓGICO DESCRITIVO, COM ABORDAGEM QUANTITATIVA E DELINEAMENTO TRANSVERSAL. FORAM UTILIZADOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÕES HOSPITALARES DO SUS – SIH/SUS, DISPONÍVEIS NO SITE DO DATASUS, NO ESTADO DO CEARÁ, INTERNADOS POR HANSENÍASE DE 2008-2011.   RESULTADOS: NO ESTADO DO CEARÁ TOTALIZOU-SE 494 INTERNAÇÕES HOSPITALARES POR HANSENÍASE, SENDO QUE 60,0% OCORRERAM NO MASCULINO. OBSERVOU-SE QUE AS FAIXAS ETÁRIAS DE 20 A 59 ANOS SÃO AS MAIS ATINGIDAS COM 60,3% DOS CAOS. NO ANO DE 2008 OCORRERAM 14,5% DAS INTERNAÇÕES, NO ANO DE 2009 OCORRERAM 21,2% DAS INTERNAÇÕES, NO ANO DE 2010 OCORRERAM 23,6% DAS INTERNAÇÕES, NO ANO DE 2011 OCORRERAM 40,4% DAS INTERNAÇÕES.   CONCLUSÃO: OCORRE PREDOMINÂNCIA DE INTERNAÇÕES NO ANO DE 2011. É NOTÓRIA A IDENTIFICAÇÃO CRESCENTE DE INTERNAÇÕES DO ANO DE 2008 A 2011. GERALMENTE, AS INTERNAÇÕES DESSES PACIENTES OCORREM POR FATORES COMO A NÃO ADESÃO AO TRATAMENTO E PELAS REAÇÕES HANSÊNICAS. A ENFERMAGEM COMO PROFISSÃO PREVENTIVA DE SAÚDE DEVE ATUAR COM O OBJETIVO DE MINIMIZAR AS INTERNAÇÕES DESSES PACIENTES, ATUANDO PRINCIPALMENTE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA. É NECESSÁRIA AÇÕES QUE SEJAM VOLTADAS PARA A ADESÃO DESSES PACIENTES AO TRATAMENTO, PROCURANDO MINIMIZAR AS BARREIRAS ENCONTRADAS PELOS PACIENTES, ASSIM COMO, O DESENVOLVIMENTO DE PESQUISAS PARA CRIAR MODELOS DE ESTÍMULO AO AUTOCUIDADO DOS HANSENÍACOS.

Hanseníase, enfermagem, morbidade