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Estudos demonstram que a aterosclerose se inicia na infância e que o processo das alterações ateroscleróticas em crianças e adultos jovens está correlacionado com os mesmos fatores de risco identificados em adultos. Esta pesquisa teve por objetivo determinar aspectos epidemiológicos dos principais fatores de risco da doença cardiovascular em crianças de uma cidade do Vale do Jequitinhonha. O trabalho foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da UFVJM. A amostra deste estudo foi constituída por 512 crianças, de ambos os sexos, na faixa etária de 6 a 11 anos da idade, de uma escola pública. Foi feita a sensibilização do diretor, professores, pais e estudantes, explicando o objetivo e planejamento da pesquisa e, posteriormente, a capacitação da equipe colaboradora. Em seguida, ocorreu a entrega do TCLE e, após o recebimento dos TCLEs assinados, foi entregue um questionário visando coletar informações sobre nível socioeconômico; história pessoal e familiar; nível de atividade física e hábitos alimentares, o qual foi respondido pelo adulto responsável. Realizou-se o exame físico dos participantes que retornaram com o questionário devidamente preenchido, utilizando para diagnosticar sobrepeso e obesidade, o IMC (Índice de Quetelet). A aferição da pressão arterial foi medida no braço direito com o participante em repouso de 20 minutos, pelo método auscultatório. Os dados coletados foram analisados pelo software SPSS versão 20.0. Foram realizadas análises de estatística descritiva. A normalidade e homogeneidade de variância dos dados foram verificadas pelos testes Kolmogorov-Sminorv e de Levene, respectivamente. Realizou-se análise bivariada com o objetivo de verificar a diferença entre os grupos, utilizando testes Qui-Quadrado e Kruskal-Wallis com o post-hoc de Mann-Whitney. A associação entre variáveis foi verificada pelo teste de correlação de Spearman. Foi adotado o nível de significância de 95% (p<0,050). Os resultados demonstraram correlação significativa positiva entre IMC e PA sistólica; IMC e PA diastólica; IMC e classe socioeconômica; IMC e idade; PA sistólica e PA diastólica; altura e atividade física. Os presentes resultados mostram que nas crianças estudadas, os hábitos alimentares não saudáveis e a menor prática de atividades físicas estão associadas aos fatores de rico das doenças cardiovasculares; então, é importante incentivar hábitos de vida saudáveis durante a infância para promover uma melhora da saúde cardiovascular durante a vida adulta.

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