Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
ANALISANDO A FAMILIA DE UMA GESTANTE ATRAVÉS DO MODELO CALGARY DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO FAMILIAR
David Gomes Araújo Júnior, Antônia Rodrigues Santana, Maria Larissa Dias Aragão, Maria Caroline Abreu Timbó, Maria da Conceição Coelho Brito

Resumo


Introdução: Conforme Elsen (2004), a família é dinâmica, tem sua própria identidade; é composta por integrantes unidos por laços consanguíneos, de interesse ou afetividade, que convivem por um espaço de tempo e constroem uma história de vida. A avaliação e intervenção na família são importantes processos para a gestão do cuidado, nas etapas de planejamento, avaliação e implementação das ações de saúde. Investigações sistemáticas do ambiente familiar servem como base para uma melhor definição da estrutura funcional das famílias, o que irá favorecer intervenções com maior eficiência e efetividade.  Objetivos: Aplicar o Instrumento de Avaliação e Intervenção Familiar Modelo de Calgary, em uma gestante do Território. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso, desenvolvido no ano 2013, de família da área de abrangência de uma Unidade Básica de Saúde, localizada na cidade de Sobral-CE. Os dados do estudo foram coletados através de visitas domiciliares realizadas pelos autores do estudo e entrevista seguindo um roteiro semi estruturado, com a gestante. Através dos dados, construiu-se o genograma da família e o ecomapa, além do levantamento de problemas e registro das intervenções efetuadas. Resultado e Discussão: O genograma e o ecomapa podem ser utilizados em todos os ambientes de cuidados da saúde, pois aumenta a percepção do enfermeiro sobre as famílias, bem como as interações desta com os sistemas mais amplos e sua família facilitando a intervenção conjunta dando fortalecimento e autonomia para a família. A família da entrevistada e composta pela gestante (18 anos) gestante do primeiro filho, sua Mãe (47 anos), pai o (49 anos), três irmãs (21, 12 e 5 anos) e ainda uma tia (fraternal) idosa, tendo 81 anos. O motivo de escolha desta família deu-se por sugestão dos profissionais da Unidade Básica de Saúde, através do ACS (Agente Comunitário de Saúde) que orientou os acadêmicos a residência da entrevistada. Diz ter um vínculo forte com a UBS, relata sentir apoio da unidade em suas necessidades de saúde, onde sempre foi bem atendida e obteve o que precisava, principalmente durante sua gestação. Alguns problemas observados: a falta de vinculo da gestante com o pai do bebê, a falta de orientação sexual dos pais, pois a gestante relata nunca ter conversado sobre o uso de métodos contraceptivos com os pais, o pai é diabético e faz uso frequentemente de bebidas alcoólicas, a mãe é hipertensa e diabética. Conclusão: O enfermeiro tem um papel privilegiado nos cuidados de saúde às famílias, devendo sempre cuidar do indivíduo e da família de forma humanizada e adequada às necessidades apresentadas. Além disso, deve estar comprometido com os mesmos na sua totalidade, conhecendo o meio onde vivem e também as relações estabelecidas entre eles. A intervenção de enfermagem na família requer a utilização de modelos que permitam a concepção de cuidados orientados tanto para a coleta de dados como para planejamento das intervenções.

Palavras-chave


Família,intervenção, saúde

Referências


  • - ELSEN, I. Cuidado Familiar: uma proposta inicial de sistematização conceitual. 2ª ed. Maringá. Eduem, 2004. p 19-28.
  • SOUSA, F.G.M., DE FIGUEIREDO, M.C.A.B, ERDMANN, A.L. Instrumentos para avaliação na família: um estudo descritivo. RevPesqu Saúde 2010; v.11, n.1, p.60-63.
  • ELSEN, I., MARCON, S.S., SILVA, M.R.S. O viver em família e sua interface com a saúde e a doença. Maringá: Eduem, 2004.
  • WRIGHT, LM. LEAHEY, M. Enfermeiras e famílias: um guia para avaliação e intervenção na família. 3. ed. São Paulo: Roca.2002.