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A análise das questões relativas ao estigma e exclusão social do sujeito dito louco, bem como suas apresentações e representações na sociedade/coletividade são temas relevantes para os quais a seara da Saúde Mental vem se debruçando, sobretudo, a partir do movimento da Reforma Psiquiátrica. A loucura, enquanto construto sócio-histórico-cultural, traz em seu bojo uma série de representações, discursos e relações de saber-poder-dominação que oportunizam afetações aos sujeitos, que, por vezes, passam a ser portadores do signo/símbolo de uma alteridade radical, o estigma. O trabalho em Saúde Mental, por meio da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) e dos pressupostos do SUS, emerge como oportunizador de uma forma de cuidado comunitária e aberta, em contraponto à visão excludente/reificante. Embasados por tais questões, este trabalho tem por objetivo analisar a dimensão do estigma e exclusão social da loucura na contemporaneidade, procurando vislumbrar o lugar do louco na sociedade, bem como problematizar a atuação dos trabalhadores e serviços do campo da Saúde Mental no cotidiano de suas atividades. Este ensaio apresenta-se como parte integrante de um estudo mais abrangente que se configura como pesquisa de reflexão teórica organizada no formato de apreciação qualitativa-bibliográfica e apresentada como trabalho de conclusão de curso (TCC). A partir da análise apresentada, viu-se que, o que se apresenta atualmente, é um movimento de ruptura e superação das formas de saber-poder-fazer, onde as ações e atividades em Saúde Mental, pautadas pelos referenciais da Reforma Psiquiátrica e da Atenção Psicossocial, são fomentadores e tensionadores na busca por superação dos paradigmas que fortalecem a visão estigmatizante e excludente da loucura, abrindo espaço para a construção da autonomia do sujeito.

Loucura; Exclusão Social; Saúde Mental