Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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COMPARAÇÃO DA PERCEPÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA DE INDIVÍDUOS ATIVOS COM E SEM DOENÇAS CRÔNICAS DEGENERATIVAS
Rosângela Gomes dos Santos, Lílean Pinheiro dos Santos, Paula Matias Soares

Resumo


O aumento da expectativa de vida, em associação com o envelhecimento populacional, gerou um aumento na prevalência de doenças crônicas não transmissíveis. A extensão da problemática e a complexidade da cronicidade da doença têm levado muitos autores a desenvolverem estudos com o objetivo de analisar o impacto desta condição sobre a qualidade de vida dessas pessoas, sobe diferentes aspectos. Assim, o estudo teve como objetivo comparar a percepção de qualidade de vida de indivíduos ativos com e sem doenças crônicas degenerativas. A pesquisa foi realizada com 150 praticantes de atividade física divididos em dois grupos: 100 mulheres que apresentassem algum tipo de doença crônica não transmissível e 50 mulheres que não apresentassem diagnóstico de qualquer patologia. Os dados foram coletados através da aplicação da versão brasileira do questionário de qualidade de vida SF-36 e de uma entrevista referente à existência de doenças crônicas. Esse questionário é multidimensional formado por 36 itens subdividos em oito domínios: capacidade funcional, aspectos físicos, dor corporal, saúde geral, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Os indivíduos recebem um escore em cada domínio do SF-36, que varia de 0 a 100, sendo 0 o pior escore e 100 o melhor. Ao comparar os grupos nos diversos domínios, foi observado que na capacidade funcional houve uma pontuação média de 87,9% para o grupo sem doenças (Sd) e de 76,8% para o grupo com doenças (Cd). Os aspectos físicos obtiveram média de 83,5% no grupo Sd e 79,5% no grupo Cd. No domínio dor corporal os valores foram de 82,6% (Sd) e 70,3% (Cd). Na saúde geral o grupo Sd apresentou média de 83,8% e 68,5% para o grupo Cd. A vitalidade obteve média de 77,4% no grupo Sd, enquanto que o grupo Cd 67,9%. Os aspectos sociais tiveram média de 90,1% (Sd) e de 78,9% (Cd). Nos aspectos emocionais, o grupo Sd apresentaram 84,0% e 82,9% no grupo Cd. O domínio saúde mental mostrou médias 80,7% e 73,6% para os grupos Sd e Cd, respectivamente. Quanto a característica geral da percepção de qualidade de vida de cada grupo a média foi de 82,1% (Sd) e 71,7% (Cd). Através desse estudo pode-se concluir que o grupo com doenças crônicas apresentaram uma menor pontuação na qualidade de vida em todos os domínios analisados quando comparados ao grupo sem doenças crônicas, com diferença significativa, exceto nos aspectos físicos e emocionais.

Palavras-chave


Doenças Crônicas; Qualidade de Vida; Atividade Física