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PERCEPÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DE ENFERMEIROS DIRIGENTES DA ATENÇÃO BÁSICA DE UM SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE
Resumo
Introdução: De acordo com a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), a Educação Permanente em Saúde (EPS) dos profissionais da Atenção Básica (AB) é de responsabilidade das Secretarias Municipais (SMS) e Estaduais de Saúde. No âmbito municipal, os coordenadores da AB são os responsáveis por coordenar o processo de formulação e de operacionalização das políticas educacionais para os trabalhadores de saúde, devendo tomar como referência os princípios da EPS. Para que isto se concretize é necessário que estes dirigentes se apropriem da EPS como uma política de Estado, uma estratégia para o fortalecimento da AB e como uma proposta metodológica diferenciada da vigente na saúde. Objetivo: Descrever o entendimento de enfermeiros dirigentes do setor de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana sobre EPS. Metodologia: Pesquisa descritiva, cujos sujeitos de estudo foram sete enfermeiras dirigentes da AB da SMS de Feira de Santana. Utilizou-se da entrevista semiestruturada para coleta de dados e da Análise de Conteúdo para organizar e analisá-los. Foram considerados, no estudo, os aspectos éticos da Resolução 196/96. Resultados: Todos os entrevistados relataram que a EPS é um processo contínuo de capacitação/treinamento e/ou atualização dos profissionais, e que o objetivo da EPS é capacitar os profissionais de saúde para um melhor desenvolvimento do seu trabalho e uma assistência à saúde qualificada. Referiram ainda que as necessidades individuais e coletivas dos profissionais de saúde devem ser valorizadas nas atividades educativas dos trabalhadores, e que a EPS traz a possibilidade de mudança através da educação, ao permitir uma mudança de foco em relação à prestação da assistência onde esta esteja voltada para a promoção da saúde e prevenção dos agravos. Com relação a operacionalização da PNEPS alguns entrevistados referiram que a PNEPS vem sendo posta em prática, pois a instituição realiza diversas capacitações para seus funcionários, e possui um setor de EPS, contudo alguns atribuíram a esse setor um papel mais de colaborador das realizações das atividades educativas para os trabalhadores de saúde do que de idealizadores e realizadores dessas atividades. Conclusões: Percebe-se que apesar das enfermeiras dirigentes reconhecerem a EPS como uma estratégia para o fortalecimento da AB, elas ainda não a compreendem como uma política de Estado, e de uma maneira mais ampliada como uma proposta metodológica diferenciada da vigente na saúde.
Palavras-chave
Educação Permanente em Saúde; Atenção Básica; Dirigentes