Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERCEPÇÃO SOBRE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE DE ENFERMEIROS DIRIGENTES DA ATENÇÃO BÁSICA DE UM SISTEMA MUNICIPAL DE SAÚDE
Bianca de Oliveira Araujo, Marisa Leal Correia Mélo, Maria Ângela Alves do Nascimento, Mariana de Oliveira Araujo

Resumo


Introdução: De acordo com a Política Nacional da Atenção Básica (PNAB), a Educação Permanente em Saúde (EPS) dos profissionais da Atenção Básica (AB) é de responsabilidade das Secretarias Municipais (SMS) e Estaduais de Saúde. No âmbito municipal, os coordenadores da AB são os responsáveis por coordenar o processo de formulação e de operacionalização das políticas educacionais para os trabalhadores de saúde, devendo tomar como referência os princípios da EPS. Para que isto se concretize é necessário que estes dirigentes se apropriem da EPS como uma política de Estado, uma estratégia para o fortalecimento da AB e como uma proposta metodológica diferenciada da vigente na saúde. Objetivo: Descrever o entendimento de enfermeiros dirigentes do setor de Atenção Básica da Secretaria Municipal de Saúde de Feira de Santana sobre EPS. Metodologia: Pesquisa descritiva, cujos sujeitos de estudo foram sete enfermeiras dirigentes da AB da SMS de Feira de Santana. Utilizou-se da entrevista semiestruturada para coleta de dados e da Análise de Conteúdo para organizar e analisá-los. Foram considerados, no estudo, os aspectos éticos da Resolução 196/96. Resultados: Todos os entrevistados relataram que a EPS é um processo contínuo de capacitação/treinamento e/ou atualização dos profissionais, e que o objetivo da EPS é capacitar os profissionais de saúde para um melhor desenvolvimento do seu trabalho e uma assistência à saúde qualificada. Referiram ainda que as necessidades individuais e coletivas dos profissionais de saúde devem ser valorizadas nas atividades educativas dos trabalhadores, e que a EPS traz a possibilidade de mudança através da educação, ao permitir uma mudança de foco em relação à prestação da assistência onde esta esteja voltada para a promoção da saúde e prevenção dos agravos. Com relação a operacionalização da PNEPS alguns entrevistados referiram que a PNEPS vem sendo posta em prática, pois a instituição realiza diversas capacitações para seus funcionários, e possui um setor de EPS, contudo alguns atribuíram a esse setor um papel mais de colaborador das realizações das atividades educativas para os trabalhadores de saúde do que de idealizadores e realizadores dessas atividades. Conclusões: Percebe-se que apesar das enfermeiras dirigentes reconhecerem a EPS como uma estratégia para o fortalecimento da AB, elas ainda não a compreendem como uma política de Estado, e de uma maneira mais ampliada como uma proposta metodológica diferenciada da vigente na saúde.

Palavras-chave


Educação Permanente em Saúde; Atenção Básica; Dirigentes